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Em troca de fábricas, facilidades para vender
Perto daqui, mas onde menos se espera, empresas interessadas em exportar podem encontrar um bom atalho. Promessa nesse sentido é feita pelo governo da Bolívia, que vai expor seus planos na sede da Fiesp, dia 31, no 1o Encontro de Empresários Brasil-Bolívia. Depois de assinar tratados comerciais em que obtiveram vantagens para exportar seus produtos para os Estados Unidos e a Espanha em troca da eliminação das áreas de cultivo da folha de coca, os bolivianos querem, agora, avançar. "Nossa prioridade é ocupar os espaços comerciais abertos pelos acordos", afirma Andres Guzman, coordenador geral do ministério boliviano de Exportações. "Fazer joint ventures em nosso país pode ser um ótimo negócio para exportadores brasileiros."
O alvo são empresários dos setores calçadista, têxtil, madeireiro, minerador e alimentício, com alta capacidade de produção. Em troca de firmar bases industriais em regiões como a de Cochabamba, onde há infra-estrutura e mão-de-obra ociosa, eles seriam beneficiados na hora de exportar. Os produtos resultantes dessas associações chegariam ao mercado mundial com o selo "Made in Bolivia", o que emprestaria as vantagens alfandegárias conferidas pelos acordos antidroga.
"Com design brasileiro, meus sapatos seriam aceitos no mundo inteiro", diz o empresário boliviano Miguel Herrera, diretor da indústria calçadista Caran Ltda., de La Paz. Com 220 funcionários e uma linha de produtos para crianças e adultos, ele estará no Brasil para atrair os brasileiros. "A idéia tem lógica", reconhece o vice-presidente da associação brasileira dos calçadistas, Ricardo Wirth. "É preciso pesar as vantagens."