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Marcas comemoram contato com consumidor no ID Fashion

Avaliação dos representantes das marcas presentes no Living Lab é que o evento proporcionou uma relação única com o público

clique para ampliarConsumidores e especialistas avaliaram as marcas durante o ID Fashion. (Foto: Divulgação)

As marcas presentes no Living Lab durante a primeira edição do ID Fashion elogiaram a iniciativa e avaliaram que a proximidade e a troca de informações com o público foi um dos principais diferenciais da iniciativa, realizada entre os dias 28 e 29 de outubro no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

A marca Abbici, de Adilson Filipaki, levou ao ID Fashion peças mais conceituais, mas sem perder a característica que é produzir roupas a partir do tricot com sofisticação e qualidade destinadas à mulher contemporânea. A estilista da marca, Patrícia Hirozawa, conta que a ideia da coleção é propor peças elegantes, sem a aparência pesada. Para isso, ela preza pela mistura de pontos, modelagem diferenciada e a composição com diferentes materiais.

Criada em 2012 pelas irmãs Andressa e Pércia Castro, a marca feminina de Cianorte (PR) “Andressa Castro” trouxe a Curitiba peças destinadas à mulher jovem ou com estilo jovem e elegante, aliando conforto e versatilidade. Para Andressa, o diferencial do evento esta na divulgação da marca e contato com o público. “É muito importante a troca de ideias com o consumidor. Até mesmo a interação dos visitantes com as peças já trazem informações sobre a aceitação e preferência e essas são informações essenciais”, disse.

A Be Little, marca de moda infantil inspirada pelo nascimento dos filhos gêmeos da empresária Luciana Bechara, levou ao evento peças que aliam a beleza e bom gosto a um acabamento impecável e conforto para crianças da primeira infância. As peças coloridas recebem tecidos exclusivos e modelagens diferenciadas para garantir a praticidade e liberdade para a criança no dia a dia. A marca conta ainda com um linha exclusiva para bebês prematuros, uma inovação que foi muito bem avaliada pelo público.

A marca de roupas para bebê By Gabriely Baby também viu no ID Fashion a oportunidade de encontrar espaço para divulgar suas criações, que levam a qualidade  e conforto para os pequenos, baseada em conceitos com bastante identidade e personalidade, como o uso de cores fortes nas roupas. “Nós ficamos um pouco distantes do consumidor e aqui temos uma outra visão. São informações que irão fazer a diferença”, explicou Aline Camargo, diretora comercial da marca.

Unindo preocupação como meio ambiente e conceitos de Slow Fashion, a marca curitibana Feito a Mãe levou ao estande roupas pintadas a mão pela artista Liane Maestrinho. “Nessa coleção, o tema foi água e temos o objetivo de levar essas informações e a consciência sobre o elemento, sobre o consumo para as crianças”, explicou Liane. Junto às peças, o consumidor recebe uma sementinha para que possa plantar, reforçando a ideia presente nas estampas. Para a diretora da empresa, Carol Silva, os elementos utilizados nas pinturas falam direto ao universo da criança, que compreende a mensagem de forma muito natural. “Prezamos pela qualidade e responsabilidade desde a matéria-prima, os tecidos, o acabamento, o conforto e estamos tendo uma resposta muito positiva”, comemorou.

Os designers Robson Ignácio e Edson de Medeiros Filho, da marca Jacu, apresentaram uma coleção irreverente e com uma identidade fortemente paranaense. Em uma parceria com a Balas de Banana de Antonina, a marca e o tema passaram a fazer parte da estampa das roupas que são divertidas e descompromissadas, prezando pelo conforto. “A proposta do evento foi genial. Nós não tivemos oportunidade ainda de fazer uma pesquisa com o público, algo que o ID está proporcionando. Tudo está ótimo, desde o contato com fornecedores, o ambiente incrível, o clima gostoso e um visual muito bonito”, avaliou Ignácio.

A marca de Pato Branco que leva o nome da estilista Jhenniffer Breenstup apresentou no evento o conceito da marca. Para a profissional, tudo é energia e a moda também é uma forma de transmitir uma mensagem e distribuir essa energia. Destaque no estande da marca, a bolsa que ficou conhecida como “Transformer” pôde ser totalmente customizada. Todas as partes, produzidas em couro legítimo, são ligadas por zíperes, banhados a ouro, e podem ser trocadas para proporcionar outras cores, tamanhos e formato ao acessório. “Essa é uma bolsa inspirada nos camaleões, que é o que a mulher atual também deseja. Ser flexível e conseguir se adaptar”, explicou a estilista.

Ana Ligia Krauspenhar, designer da marca Kenusa, de Francisco Beltrão, considera que o ID Fashion nasceu de uma ideia interessante e por isso a marca se interessou em estar presente. Apesar de produzir peças mais clássicas a partir do tricot, a empresa adquiriu recentemente a marca de camisaria Fio Natural, portanto também avaliou a oportunidade de divulgar a marca. “Acredito que seja interessante passar por essa avaliação e testar a reação do público aos nossos produtos”, afirmou.

Para Bruna e Cláudia Lucchesi, da Miss Nuvem, a oportunidade de encontrar o público em um momento descontraído, no qual não se tem a intenção de vender, é única. “É um momento para conversar realmente e entender o que o público busca, o que ele deseja”, explicou. A empresa oferece moda para dormir e acessórios e levou peças mais conceituais, com estampas e cores mais ousadas. Cláudia conta que tinha dúvida sobre algumas de suas criações, mas se surpreendeu com a aceitação do público. Uma das peças mais bem avaliadas, segundo ela, foi também o pijama produzido a partir da fibra Emana, um tecido destinado comumente à fabricação de peças esportivas. “Esse é um espaço para testar, para experimentar, uma ocasião muito interessante”, avaliou.

clique para ampliarTrocar informações com o público foi considerado pelos industriais um dos pontos positivos do evento. (Foto: Divulgação)

A designer e fundadora da marca curitibana Noiga, Renata Trevisan, comentou que em geral os eventos de moda dão pouco acesso à inovação. Para ela, o espaço possibilitado para a marca que desenvolve acessórios utilizando tecnologia de modelagem e impressão em 3D, foi extremamente importante. “Aqui pudemos avaliar essa percepção do mercado e divulgar nosso trabalho que parte de uma proposta nova. O local também ajudou a atrair um público interessado na nossa proposta e tivemos um retorno muito bacana”, disse. A empresa apresentou no evento a coleção ID, inspirada no neoconcretismo, privilegiando as formas geométricas em peças feitas em nylon com detalhes em acrílico espelhado.

A proprietária da marca curitibana Ovelha Negra, Maria Eduarda Malucelli, também avaliou a participação no evento como positiva. Ela afirma que a marca nasceu do projeto de TCC durante o curso de Design de Moda no Senai e traz a proposta de apresentar lingerie confortável e bonita para a mulher, feita e pensada em todos os detalhes para ela, se distanciando de um conceito machista de que ela se deve se vestir para ser desejada. “O feedback do público e de especialistas oferecido pelo evento é o mais importante para nós”, explicou.

A marca se associou à também curitibana Velvet, que produz underwear masculina. Para a estilista da marca, Carolina Gritten, o evento marca a nova fase da empresa. Ela, que trabalhava em outras companhias, deixou o emprego para empreender de forma definitiva no início deste ano. “O objetivo é trazer para o homem novas opções fazendo com que eles também possam se expressar por meio da roupa”, contou.

Com uma proposta inovadora, a Stooge, fruto do Trabalho de Conclusão de Curso em Design de Moda da estilista londrinense Paty Oliveira, levou ao evento uma ideia ousada e diferente. A marca foi sensação ao apresentar estampas elaboradas por tatuadores e roupas com conceito unissex. Para a designer, o resultado foi extremamente positivo. “Tivemos uma aceitação muito grande e estamos feliz com o retorno do público. Acredito que tivemos a oportunidade de apresentar algo diferente, inovador, um espaço que provavelmente não teríamos em outros eventos do mesmo segmento”, explicou.

Empresária e designer, Suelli Zavvadinack apresentou no evento sua coleção de acessórios, que usam diferentes materiais para elaborar peças de bijuteria sofisticadas, que são usadas por marcas renomadas como Forum, Colcci, Triton, Coca-Cola Clothing, Cavalera e Marcelo Sommer. Ela conta que, a princípio, estava um pouco receosa com a recepção do público presente ao evento, mas recebeu um ótimo retorno. “Aqui estou tendo uma ideia muito melhor da aceitação e do desejo do consumidor. Eu geralmente tenho contato apenas com os lojistas e marcas e esse contato com o público está sendo muito interessante.”

A marca de roupas e acessórios em seda Vale da Seda nasceu de um projeto desenvolvido na Incubadora Tecnológica do Sebrae em Maringá. No ID Fashion, a marca apresentou a coleção desenvolvida em parceria com o estilista Eneas Neto. Nela, ele misturou tecidos rústicos, produzidos em parceria com a marca Casulo Feliz, com tecidos mais leves, todos elaborados a partir da matéria-prima. Até mesmo sandálias foram produzidas em tear com tecido em seda. “A nossa ideia foi apresentar todas as possibilidades diversas que a seda oferece”, explicou.

Ele elogiou a organização do evento, sobretudo do desfile, do qual participou. “Foi um dos desfiles mais tranquilos e bem organizados dos quais participei. Isso sem falar na estrutura. Se eu tivesse que pensar em um cenário para um desfile, talvez eu não tivesse uma ideia tão feliz quanto esta”, afirmou.

Sinditêxtil-PR assina acordo de cooperação com o Senai para ações relacionadas à NR-12ID Fashion destaca identidade e qualidade da moda paranaense