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Em setembro deste ano, a Fiasul, uma das maiores indústrias de fios do Brasil, passou por um incêndio que destruiu a metade de sua unidade produtiva em Toledo, na região oeste do Paraná. O prejuízo, de acordo com o cálculo do sócio-diretor Augusto Sperotto, chegou a R$ 50 milhões.
Poucos meses depois, no entanto, a indústria já voltou a produzir a todo o vapor e já planeja a reposição das máquinas. “Nós estamos com os escombros retirados, limpando e, muito em breve, vamos repor as máquinas. No final de fevereiro já começam a chegar as primeiras que serão embarcadas em janeiro na Europa e devem ser acionadas até março. Se tudo der certo, até o final de maio estará toda a planta rodando”, explica Sperotto.
O sócio-diretor conta que a indústria contava com seguro que irá repor o valor dos equipamentos. No entanto, há custos como impostos, ajustes e o tempo ocioso na produção que não são repostos. “Será praticamente um ano parado”, classifica.
Longe de se deixar abater pela situação, os sócios da empresa buscaram na crise uma oportunidade. Ao encomendar as novas máquinas, a Fiasul acelerou o plano que já tinha de modernização e trouxe equipamentos com maior capacidade produtiva. Segundo Sperotto, com dez máquinas a indústria será capaz de produzir o mesmo do que produzia antes com as onze danificadas no incêndio. “Nós estávamos comprando máquinas novas e a nossa fábrica irá produzir mais em menos tempo, com menor custo e maior qualidade. Essa modernização nos coloca em condições de concorrer com o mundo”, considera.
Crise
O industrial avalia que a economia brasileira passa por um momento difícil e que deve se agravar nos próximos meses, com redução no nível de atividade econômica em 2015 e algumas medidas austeras que são esperadas do governo federal. A Fiasul, no entanto, tem a produção de novembro toda vendida e não deve reduzir o ritmo em dezembro e janeiro, buscando recuperar produção perdida com o incidente.
“Todo mundo fala em crise, mas você não pode olhar para isso. Há uma necessidade de consumo. As pessoas podem parar de comprar por um tempo, mas voltam. A crise é temporária, não é perpétua. Primeiro temos que acreditar em nós, no nosso trabalho e partir para o mercado. A Fiasul é uma empresa que tem mais de vinte anos. Isto não significa que virá uma crise e a empresa irá quebrar, irá desaparecer. Nós temos uma história e essa história nos leva para a frente”, opinou Sperotto.
E para a frente é exatamente para onde o industrial está olhando. Segundo ele, já está em curso um planejamento para ampliação da atuação da empresa no exterior.