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Em um passado não muito distante, divulgar produtos e marcas por mala direta postal e, depois, por e-mails,
era uma ação que proporcionava bons resultados. Porém, com o desenvolvimento da tecnologia, as correspondências
físicas e virtuais desse tipo hoje acabam indo direto para o lixo.
Diante disso, empresários antenados observam que, atualmente, as mídias sociais e mensagens de celular se transformaram em algumas das ferramentas de marketing mais efetivas do momento. No caso da empresa Lafort, associada ao Sinditêxtil, este ano as mídias digitais são seu foco principal. Em março, a marca lança uma loja virtual para conquistar novos clientes fora de Curitiba. De acordo com o seu departamento de marketing, a empresa também tem obtido ótimos resultados com a divulgação de liquidações e lançamentos por mensagens de celular.
Nas palavras de Maria Abigail Fortuna, presidente do Sivale e diretora da Mab Fortuna, para além da internet, também é preciso apostar em multicanais de comunicação. “É claro que hoje as redes sociais concentram a atenção de muitos clientes. Mas o empresário precisa pensar em mesclar o uso de outras formas de comunicação também físicas. Às vezes um flyer, um outdoor, um evento promovido complementam um conjunto de ações de marketing que precisam ser desenvolvidas”, afirma Abigail.
Mudanças de tecnologia
Proprietária da marca Be Little e presidente do Sindivest,
Luciana Bechara lembra que, entre 2009 e 2010, a mala direta enviada pelo correio já era ignorada pelas pessoas, ao
mesmo tempo em que o e-mail marketing gerava um retorno imediato. “No início, quando minha empresa começou
a trabalhar com o e-mail marketing, foram tantos acessos que o servidor do nosso site chegou até a cair. Mas, com o
tempo, o retorno do e-mail marketing começou a cair, porque as pessoas passaram a receber muitos e-mails e os nossos
também passaram a ser considerados spam”, conta Luciana.
A empresária hoje aposta no uso de mensagens por celular e divulga produtos pelo Facebook. “No celular não tem como a pessoa não ler. Porém, só podemos enviar para quem nos autoriza. Outro desafio é lidar com a limitação de palavras. Você precisa de uma frase de impacto. Percebemos também que ofertas pelo Facebook dão um bom retorno. Mas é preciso cuidar para não incomodar os clientes e oferecer um site que esteja bem integrado a todas as novas tecnologias”, explica Luciana.
Coordenadora estadual do vestuário do Sebrae, Carla Brustulin destaca que os empresários precisam se adequar às mudanças da comunicação e do comportamento dos consumidores. “O consumidor está mais bem informado e o acesso às informações é muito mais rápido e fácil. As pessoas estão cada vez mais conectadas, independentemente de sexo, idade e classe social. Neste contexto, utilizar estratégias de comunicação estruturadas no ambiente virtual é uma oportunidade para as micro e pequenas empresas do setor”, afirma a coordenadora.
Para ela, as estratégias e ferramentas de comunicação devem ser escolhidas conforme o perfil do consumidor e do produto oferecido. Assim, uma estratégia de divulgação de uma marca de camisetas, por exemplo, é diferente da estratégia de divulgação de uma marca que produz vestidos de festa ou roupas voltadas para a 3ª idade. “A marca precisa entender o comportamento do seu cliente final e, a partir daí, escolher qual ferramenta poderá ajudá-la a se destacar neste mercado tão competitivo”, diz Carla.
Luciana também destaca a importância de se coletar o maior número de informações sobre os clientes. “Infelizmente, buscar dados ainda é um tabu e muitos empresários temem estar importunando os clientes. Porém, é fundamental entender o comportamento deles. Assim você consegue atingi-lo de maneira precisa”.