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A cadeia têxtil e do vestuário dos três Estados do Sul definiu como prioridade o combate à desindustrialização. A decisão foi tomada por empresários e representantes de sindicatos da indústria durante a realização do 2º Fórum do Setor Têxtil, reunindo Fiesc, Fiergs e Fiep. Durante o encontro, realizado no dia 30 de março, em Florianópolis, foi criada uma agenda de prioridades formada por 13 grandes temas. No entanto, há três questões centrais, que, por ordem são: a desindustrialização, a desburocratização da legislação trabalhista e o aumento da representatividade do setor. "É muito importante essa união dos três Estados envolvendo sindicatos e empresários para fazer pressão junto aos órgãos competentes contra a desindustrialização no país", destaca Manoel Araújo, secretário executivo do Sinditêxtil Paraná.
Cerca de cem empresários do setor reuniram-se em Florianópolis e, de acordo com coordenador do Conselho Setorial da Indústria Têxtil da Fiep, Marcelo Surek, ficou decidido que cada Federação irá mobilizar sua expertise técnica para levantar os dados necessários para pleitear, junto aos governos dos Estados, os ajustes necessários para frear o processo de desindustrialização. "Queremos criar informação técnica para demonstrar que é possível diminuir a carga tributária que pesa sobre as indústrias do setor", afirmou. Segundo ele, hoje a competição com os produtos importados ameaça a atividade industrial no país. "Não temos como competir com os produtos estrangeiros, porque a diferença de preço é muito grande", avaliou.
Além da excessiva carga tributária que prejudica a competitividade do produto brasileiro, Surek elenca a burocracia como um entrave adicional neste processo, o que acaba provocando muita sonegação. "Para todo mundo pagar tem que descomplicar, desburocratizar e diminuir a carga", disse. Para dar sequência à mobilização, as lideranças empresariais dos três Estados do Sul vão agendar uma reunião com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) para alinhar as medidas que vêm sendo tomadas para defesa do setor.
A elaboração dos temas debatidos teve início em novembro do ano passado, durante a realização da 1ª edição do Fórum, que ocorreu em Curitiba. Em relação à desindustrialização, será criado um sistema unificado de informação, além da proposição de medidas de defesa, como o aumento do imposto de importação para produtos prontos, que afeta toda a cadeia. Além disso, impor cotas e aumentar a fiscalização para combater a concorrência desleal.
Na área trabalhista, o foco será a desoneração dos encargos sociais, a simplificação
e a desburocratização da legislação trabalhista, a regulamentação da terceirização
e a criação de uma espécie de "Simples Trabalhista".
Quanto à representatividade do setor serão
realizadas ações para fortalecer a frente parlamentar em relação aos problemas do setor e o associativismo
para dar mais força às reivindicações do setor.