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Rosset arranca no varejo para ampliar produção

29 de agosto de 2011

Dono das marcas Valisére e Cia Marítima abrirá mais de 300 lojas exclusivas como resposta à invasão dos artigos importados no mercado têxtil

Thais Moreira

O empresário Ivo Rosset, fabri- cante de tecidos e dono de marcas como Valisére, Cia Marítima e Água Doce, está decidido a marcar forte presença no vare- jo. Em um cenário de crescente importação de produtos têxteis, a maioria vindos da China, o presidente do Grupo Rosset, disse que além de abrir 300 lojas da Valisére até 2013, vai montar unidades próprias e franquias da Cia Marítima. Cinco lojas pró- prias da marca de moda praia devem ser abertas até 2012.

A duas primeiras unidades es- tarão funcionando ainda neste ano. Uma em setembro, no Shopping Higienópolis, e a segunda no Shopping JK Iguatemi, ambos endereços na capital paulis- ta. Para o empresário, o investi- mento no varejo é uma defesa das marcas e um "plano B" para o caso da desindustrialização.

"Eu vou lutar até onde der para preservar a indústria, mas estamos nos dirigindo ao varejo por- que temos marcas fortes e procuradas em todo o Brasil." As medidas adotadas pelo governo por meio do Plano Brasil Maior criado para dar competitividade à indústria mostram um bom caminho mas, para Rosset, ainda é necessário melhorar o conhecido "custo Brasil", o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem os investimentos no país.

"Foi o primeiro passo. Agora mais medidas deverão ser adota- das, a exemplo do Sistema Simples. Fizemos uma reunião com os dirigentes do BNDES e a informação que temos é que a microempresa vai muito bem, e por quê? Porque se enquadra no simples e possui um único imposto." Caso as medidas adotadas pelo governo não tragam estabilidade e competitividade em médio prazo para a indústria, Ivo Rosset avalia levar a produção - ou até mesmo terceirizar - para países com carga tributária inferior. "Caso as medidas não beneficiem a indústria num médio prazo, podemos levar a produção para países co- mo China, República Dominicana ou Peru entre outros que tenham custo inferior ao custo Brasil." O faturamento total do grupo, cujas marcas estão em mais de cinco mil lojas multimarcas, está mantido na casa dos R$ 600 milhões há cerca de três anos. A produção oscila entre mil e 1,2 mil toneladas por mês há mais ou menos dez anos. "O mercado interno dobrou e nós deveríamos estar produzindo mais de 2 mil toneladas por mês. Mas se a confecção para, temos o efeito dominó ao contrário, afetando a tecelagem, a fiação e o restante da cadeia." Os dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) do primeiro semestre alertam para o aumento de 29,3% nas importações brasileiras de produtos têxteis e confecciona- dos ante o mesmo período de 2010. Somente da China, foram importados US$ 1,6 bilhão no primeiro semestre de 2011 em com- paração com US$ 1,15 bilhão no mesmo período de 2010, ou seja, houve um aumento de 39,5%.

"É um momento de muita atenção. Estamos prontos para investir, o Brasil está se defendendo bem dessa crise. Porém, a partir de agora, não depende mais da Rosset. Agora o trabalho é da porta para fora, para evitar que o consumo não vá para a mão de produtos importados.

Se as medidas do governo deixarem a indústria brasileira competitiva, o varejo não irá buscar produtos fora.

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Vou esperar até o limite máximo antes de levar a produção para países como China, República Dominicana ou Peru, entre outros que tenham custo inferior ao custo Brasil Ivo Rosset Presidente do Grupo Rosset

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NÚMEROS DA INDÚSTRIA

R$ 600 mi é o faturamento mantido pelo Grupo Rosset há três anos.

1.000 toneladas é a produção mensal da Rosset.

US$ 3,4 bi é o valor total despendido com importações de tecidos e confecções no Brasil.

39,5% é o aumento das importações vindas da China.

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