Sinditêxtil PR

Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Grupo Boticário entra no ramo do vestuário

Sociedade com o grupo Scalina vai complementar a estratégia da criação de uma "Victoria´s Secret" brasileira

O grupo Boticário anunciou, no dia 22 de agosto, a compra de uma participação minoritária do grupo Scalina, dono das marcas de moda íntima feminina Scala e Trifil. Com o negócio, a fabricante de perfumaria e cosméticos passa a atuar também na indústria do vestuário e coloca em prática a intenção de se consolidar como uma marca do setor de beleza e moda. O valor do negócio e a participação adquirida não foram revelados. A aquisição deve ser concluída até final de setembro.

A Scalina informa ter faturado R$ 400 milhões em 2009, e é considerada a maior fabricante brasileira de lingerie e meias-calças, com participação de cerca de 10% no mercado. A operação com o Boticário foi realizada um ano depois de a Scalina se associar ao fundo norte-americano de private equity Carlyle. Com US$ 153 bilhões em ativos sob sua gestão, o fundo vem adquirindo participações em empresas brasileiras. No ano passado, assumiu o controle da CVC, a maior operadora de turismo do País, e levou, ainda, uma fatia da operadora de saúde Qualicorp.

Em comunicado, o presidente do grupo Boticário, Artur Gryn­baum, enfatizou que a operação é o primeiro passo do grupo no segmento de moda. "A participação acionária contribui para a estratégia de diversificação dos negócios do grupo, que tem como objetivo ser reconhecido pela atuação nos setores de beleza e moda. Com­partilharemos com o grupo Scalina a nossa experiência na operação de varejo e franchising", disse Grynbaum. Como parte da estratégia de diversificação, o grupo Boticário lançou em fevereiro a marca de perfumaria e cosméticos Eudora, que atua principalmente por meio da venda direta.

Com uma rede de mais de 3 mil unidades, a marca O Boticário vem sentindo que o mercado está cada vez mais restrito. O número de lojas abertas cairá de 160, em 2010, para 100, este ano. Hoje, a empresa tem uma fila de franqueados em busca da chance de abrir uma nova unidade - demanda que, segundo o mercado, pode ser direcionada à Scalina. Daí o interesse do Carlyle em ceder parte de sua participação para um parceiro com experiência no varejo. A Scalina tem hoje 104 franqueados. A intenção seria pelo menos triplicar esse número.

Victoria's Secret brasileira - Desde o início da operação da Eudora, o próprio Boticário admitia que uma linha de lingeries estava no radar. A linha de cosméticos de apelo mais "sexy" disputará as vendas de porta em porta com a Avon e a Natura. A sociedade com a Scalina será a oportunidade para engordar o portfólio da marca com um produto complementar. Ao apostar na venda de roupas íntimas de porta em porta, o grupo vai emular a estratégia da DeMillus, linha popular que reduziu sua exposição no mercado multimarcas nos últimos anos para apostar fortemente nas vendas diretas. Hoje, cerca de 80% das vendas da companhia são feitas por catálogo.

A busca por uma estética semelhante à da Victoria´s Secret não se resume, no entanto, à Eudora. A Hope, por exemplo, contratou Gisele Bündchen - que já foi "anjo" da marca americana - para representar sua marca, além de ter convidado a modelo a assinar uma linha própria. A Lupo, mais conhecida pelas meias e roupas íntimas confortáveis, também faz testes com uma linha de apelo sensual, feita em renda.

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Política industrial prevê R$24 bi em desoneraçãoIncentivo ao setor têxtil é prorrogado