Sindirepa PG entrega Plano de Logística Reversa

Setor começou elaboração do Plano no final de 2012. A política instituiu, entre outros pontos, a obrigatoriedade da logística reversa ? o caminho contrário que o produto faz após o seu consumo, passando por toda cadeia produtiva, voltando até o fabricante, que dará a destinação correta.

clique para ampliar>Técnicas do Senai PG participaram da elaboração do PLR (Foto: Fiep/Gilson Abreu)

O Setor de Reparação e Acessórios entregou no último dia 12 de fevereiro, à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o Plano de Logística Reversa. O documento foi recebido pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, e apresenta as ações a serem implantadas por dez Sindicatos da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná (Sindirepas), para garantir a destinação de resíduos industriais dentro das normas que estão estabelecidas.

O plano contou com a consultoria do Senai no Paraná. O processo de elaboração foi iniciado em dezembro de 2012, quando Fiep e sindicatos industriais paranaenses assinaram com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) termos em que se comprometiam a atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A política instituiu, entre outros pontos, a obrigatoriedade da logística reversa – o caminho contrário que o produto faz após o seu consumo, passando por toda cadeia produtiva, voltando até o fabricante, que lhe dará a destinação final ambientalmente correta.

Ao longo de 2013, sob coordenação do Conselho Temático de Meio Ambiente e com apoio técnico da Gerência de Fomento e Desenvolvimento da Fiep, foram realizadas diversas reuniões setoriais para definir cronogramas e estratégias para a implantação da logística reversa em diferentes segmentos industriais do Estado. 

O presidente do Sindirepa Ponta Grossa, Jorge Szabli Junior destaca o papel do Sebrae e do Senai como parceiros para a confecção do Plano. “Não podemos deixar de lado o trabalho realizado pelo Sebrae também, que nos auxiliou junto às empresas pequenas e de médio portes”, comentou.

Segundo ele, o Plano foi colocado como um desafio que o setor está enfrentando. “A entrega do Plano foi um primeiro passo, ele foi colocado em nossas mãos para ser executado e muitas empresas terão que correr atrás, nós vamos dar todo o auxílio e em longo prazo teremos os resultados”, disse. Algumas metas deverão ser cumpridas até 2018.

Sobre o Plano, Jorge ressalta o trabalho a ser realizado junto aos associados, assim como o setor estreitar mais essas reflexões sobre o que está para ser feito. “Cada sindicato deverá ir atrás de seu filiado e continuar desenvolvendo o trabalho que já vinha sendo realizado, mostrando as vantagens e benefícios que deverão ser implantados a cada ano”, comentou. O Sindirepa PG conta atualmente com 268 associados.

Em Ponta Grossa, o Senai contou com as ações de Keylla Pedroso e Karine Corrêa, consultoras técnicas e a coordenadora Liliane Ferreira.

“O Plano está muito ligado à realidade do setor e o que ele pode contribuir junto ao meio ambiente, muitas empresas já o praticam, mas precisávamos de uma adequação a essas ações e o plano vem proporcionar isso”.

Desafios

Além de apresentarem um panorama de cada um dos setores, detalhando, por exemplo, quais são os principais resíduos gerados pelas atividades, os planos de logística reversa elaborados com a consultoria do Senai trazem uma série de metas a serem alcançadas para a efetivação da logística reversa. Também apresenta um cronograma de ações – a serem implantadas de imediato ou em curto, médio e longo prazos – para que as empresas se envolvam no processo. Agora, o documento será avaliado pelo órgão ambiental, que poderá propor alterações antes de validá-lo. Após a validação, o cronograma, as ações e as metas passam a ser implantadas pelo setor.