Setor de reparação automotiva sofre com falta de qualificação

Maiores problemas são a concorrência com postos de trabalho em outras áreas e informalidade das empresas

Quem não quer ter um "mecânico da família", aquele profissional que, como os médicos de antigamente, cuida do carro desde novinho e que conhece cada detalhe, cada problema e cada peça que já foi trocada? O sonho da maioria dos proprietários de automóveis está bem longe de ser realizado, infelizmente. Isso porque o setor de reparação automotiva vem enfrentando problemas de interesse e de qualificação da mão de obra empregada atualmente. "Em primeiro lugar, as pessoas não se interessam mais em trabalhar nas mecânicas, por considerarem outras áreas de atuação mais atrativas", explica Marcelo Alves, economista da Coordenadoria de Desenvolvimento da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

A falta de atração a qual Alves se refere acontece principalmente por causa dos altos índices de informalidade. Empresas que não funcionam de acordo com a lei deixam de pagar corretamente os funcionários, não registram carteira, não pagam FGTS e deixam de lado questões básicas, que hoje são consideradas fundamentais para manter colaboradores motivados e interessados.

Esse mesmo perfil de informalidade das empresas de reparação automotiva cria outro problema ainda maior para o setor: é bastante comum que funcionários de mecânicas deixem seus empregos para abrir sua própria empresa que, seguindo o exemplo do ex-chefe, também funcionam de forma informal. "É preciso criar projetos e leis que incentivem as empresas a sair da informalidade", defende o economista da Fiep.

Qualificação - Para quem está na área e busca especialização, opções não faltam. O Sesi, por exemplo, oferece cursos sobre os mais variados temas, como Injeção Eletrônica, Instalação de Acessórios Automotivos, Eletricista de Automóveis, Aperfeiçoamento em Recondicionamento de Motores a Diesel e Eletroeletrônica Veicular, entre diversos outros. "O setor de reparação automotiva é o segundo maior público dos cursos do Sesi. Somente este ano, mais de 13 mil pessoas já passaram pelas salas de aulas espalhadas por todo o Estado", contabiliza Alves.

Para conhecer mais sobre esses cursos é só acessar a página de Cursos Técnicos, na aba Senai Educação, no site do Senai, ou entrar em contato com a unidade mais próxima de você.