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Especialistas discutem sobre o mercado das florestas plantadas

Evento "Manejo para Uso Múltiplo - A Árvore de Pinus do Futuro" teve promoção da Apre e da Embrapa Florestas

clique para ampliarclique para ampliarWorkshop debateu assuntos importantes do setor florestal (Foto: Divulgação)

Especialistas do setor florestal se reuniram, nos dias 14 e 15 de setembro, em Curitiba, para o workshop "Manejo para Uso Múltiplo - A Árvore de Pinus do Futuro". O evento teve o objetivo de apresentar aos profissionais ligados ao segmento as tendências do mercado de Pinus, com foco na formação de plantios florestais de alto rendimento. O encontro foi promovido pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) e Embrapa Florestas.

Um dos palestrantes foi João Mancini, engenheiro florestal e gerente comercial da Valor Florestal, que falou sobre “Florestas e o mercado de madeira”. Segundo ele, o mercado florestal apresenta diversos clusters industriais e diferentes cadeias de valor, que demandam todas as classes de produtos florestais. No momento, o setor ainda enfrenta a crise iniciada em 2008, mas vem se recuperando.

Sobre demanda, Mancini citou que a procura por pinus é de 16,5 milhões de metros cúbicos por ano. Nesse cenário, as indústrias de madeira sólida representam 51% do volume total da região, enquanto que papel e celulose representam 32%. Nas toras, o market share é de 60%. No caso do eucalipto, a demanda é de 8,3 milhões de metros cúbicos por ano, e o principal consumo vem da indústria de papel e celulose. As indústrias de painéis representam 3% do consumo.

No mercado florestal regional, Mancini destacou, ainda, os principais acontecimentos: a indústria da madeira sólida está sentindo a forte recessão econômica do país e muitas empresas estão buscando redirecionar sua produção para o mercado externo, mas encontram desafios por conta da volatilidade do câmbio; está acontecendo a redução da oferta de toras medias e grossas de pinus, com consequente desequilíbrio entre oferta e demanda e com o aumento dos preços, mas a criatividade das empresas merece destaque; ocorre a migração da demanda de toras grossas e médias para toras finas; os custos dos fatores de produção na cadeia de suprimento florestal estão aumentando; observa-se desequilíbrio entre oferta e demanda para madeira de processo de pinus com consequente aumento de preços.

Planejamento

O palestrante Julio Arce, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), fez uma apresentação sobre “Planejamento de sistemas manejo”, e explicou que o manejo é uma forma de fazer a gestão da floresta para tirar algo a mais dela. Além disso, ele falou sobre o planejamento, que é fundamental no setor florestal.

“O manejo pode levar a extremos inimagináveis. A primeira pergunta que devemos fazer é quais produtos florestais queremos. Por de ser apenas um produto ou múltiplos produtos; temos muitas opções para escolher o que plantar, como plantar e como manejar. Mas uma vez que escolhermos o caminho, a opção para o que temos que colher já não é tão ampla, então os próximos 15 anos têm que ser muito bem planejados”, salientou.

Arce afirmou que o planejamento estratégico é fundamental, e deve ser feito também em três níveis: definir estratégicas, escolhendo como, onde e o que plantar; definir o objetivo e as restrições; e fazer fluxos de informações. “Depois do estratégico, passa-se para o planejamento tático e operacional. O tático é para médio prazo, enquanto que o operacional é de curto prazo. É preciso ter em mente que pensar previamente nos próximos anos ajuda muito”, finalizou.

Outros temas

O workshop também abordou assuntos como os impactos das mudanças climáticas nas florestas de alto rendimento, melhoramento genético, desbaste, pesquisa florestal e produtos florestais. Mais informações sobre as palestras podem ser encontradas no site da Apre.

Com informações da assessoria de imprensa da Apre

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