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As redes sociais ampliaram a exposição das marcas online e facilitaram a troca de informações sobre as experiências dos consumidores, sejam elas positivas ou negativas. Diante desta realidade, o especialista Felipe Belão, escritor e professor da FAE Centro Universitário, orienta as empresas sobre os principais pontos que merecem atenção antes de ingressar neste campo virtual.
O especialista ressalta que, com a popularização das redes sociais, ter ou não sua marca mencionada deixou de ser uma opção da empresa. “Hoje, os consumidores usam a rede para reclamar, trocar informações, elogiar e perguntar detalhes dos produtos adquiridos. Isso ocorre mesmo que a empresa não tenha uma página no Facebook, por exemplo. A diferença é que se você estiver presente e atuante neste espaço terá mais condições de responder a este consumidor direta e rapidamente, além de se defender de modo público quando necessário”, afirmou o professor.
Outro ponto que Felipe Belão destaca é que o posicionamento da empresa no Facebook deve fazer parte de um plano de comunicação e não ser uma ação isolada, necessitando de planejamento, atenção e alinhamento com o restante da filosofia e da estratégia de divulgação da empresa.
Confira algumas dicas do especialista:
Fanpage – Felipe explica que as empresas devem evitar criar perfis pessoais para as empresas. “O adequado é criar uma fanpage, uma vez que esse é um espaço mais adequado para este tipo de interação. Atualmente, o próprio Facebook tem restringido a criação de perfis pessoais para pessoas jurídicas, mas é um item básico que é sempre bom recordar”;
Público – A empresa precisa ter em mente o público com qual irá se comunicar por meio deste espaço. Ali, não necessariamente a indústria irá se relacionar com o público para o qual vende e sim para aquele que interage, de alguma forma, com sua marca. “No Facebook, o relacionamento é da empresa com pessoas. É uma ação institucional da sua marca para pessoas. Por isso, o foco principal não é o de vendas. É uma ação que a médio e longo prazo poderá se converter em resultados financeiros, mas o principal é o posicionamento e valorização da marca”;
Conteúdo – É preciso saber trabalhar o conteúdo que vai gerar. O especialista alerta que é necessário fazer testes até chegar ao padrão de conteúdo que gere alcance, ou seja, que possibilite a interação com a marca. Outro ponto essencial é produzir o próprio conteúdo, evitando compartilhar com frequência conteúdos de outras empresas;
Investimento – Algumas mudanças recentes no Facebook significam que as empresas terão de investir um pouquinho mais na promoção de suas marcas, segundo Belão. “Isso não significa que serão grandes montantes, que impossibilitem a participação de pequenas empresas. Não é um investimento caro e, se feito bem planejado, dá um retorno muito grande”;
Constância – Segundo o especialista, é preciso manter a constância nas postagens para manter a interação com o consumidor e a freqüência na timelime dos seguidores;
Equilíbrio – O ideal é que haja equilíbrio entre o número de “curtidas” e o de “pessoas falando sobre” a página, de acordo com Belão. “As pessoas que curtem a página estão aprovando o assunto, ou seja, o resultado é quantitativo. No entanto, quando as pessoas estão falando sobre significa que elas estão interagindo com a marca, ou seja, gerando engajamento, que é sinônimo de sentimento, um resultado mais qualitativo”;
Interação – Responder ao consumidor é essencial. É preciso dar retorno tanto dos elogios quanto das críticas e acompanhar tudo o que é dito sobre a marca. Por isso, é essencial o alinhamento com o restante da comunicação, possibilitando o repasse de informações corretas com rapidez e cordialidade. “Estar na rede e responder apenas aos elogios não vale a pena, uma vez que a queixa do consumidor pode se espalhar pelos comentários e compartilhamentos e alcançar grandes proporções, gerando graves prejuízos à marca”;
Profissionalismo – “É extremamente importante contratar uma equipe profissional, que pode ser interna ou externa. Estes profissionais precisam estar realmente integrados à empresa e são responsáveis por produzir conteúdos próprios. Nestes conteúdos, é essencial contar histórias direcionadas ao público e que possam repassar os valores da marca. Eles também precisarão estar atentos para o timing, ou seja, ao que está ocorrendo na rede, eventos e causas com as quais a empresa se identifique para gerar conteúdo”.