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Para Edson Flessak, vice-tesoureiro do Sindimetal – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pato Branco e diretor da Flessak Eletro Industrial, 2014 não será um ano fácil para quem trabalha neste segmento. Serão muitas as dificuldades enfrentadas e todos precisam estar bem preparados para isso. Confira a entrevista:
Qual é a sua expectativa para o setor neste ano?
Edson Flessak: Eu trabalho com produção de equipamentos base para geração de energia elétrica e nós estamos com um problema sério de infraestrutura. Hoje nós temos uma deficiência nos órgãos que liberam essa infraestrutura, por falta de pessoal, por falta de estrutura e até mesmo por conceito do setor. A hidrelétrica é considerada agressora ao meio ambiente. É bonito falar de energia solar, é bonito falar em eólica, mas ficou feio falar em hidro. Então as hidrelétricas são o bicho-papão da vez. Nesse contexto, o ano vai ser difícil para o setor. Olhando num contexto mais geral, nós temos ainda um problema de calendário: Copa e eleição. Para o setor de infraestrutura, no geral, o pessoal acaba esquecendo um pouco de fazer o dever de casa e atrasa ainda mais algumas obras. Outro caso é que o governo incentiva o consumo e não a produção. Hoje a inflação está aí e nós não incentivamos a produção. Não damos mais estrutura para que a produção pudesse ser a salvação da crise, e não o consumo. Quando você trabalha com o consumo você tem uma resposta mais rápida, mas empurra o problema pra frente. Quando você trabalha com a produção você tem uma resposta mais demorada. Acredito que o ano não vai ser dos melhores para a indústria. A inadimplência está crescendo, a inflação está subindo e os juros estão aumentando.
O que pode ser feito para melhorar este cenário?
Edson Flessak: Há várias coisas que podem ser feitas, mas não serão feitas por causa da eleição, porque você não tem medidas rápidas, tem medidas a serem tomadas que você precisa de longo prazo e longo prazo sempre é ruim no campo político.
Você pode dar um exemplo de algo que pode resolver, pelo menos, parte do problema?
Edson Flessak: Gastos públicos, esse tem que cortar radicalmente. Nós temos uma diferença muito grande entre o arrecadado e o gasto, muitos deles sem necessidade nenhuma.