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Algumas medidas podem ajudar as indústrias a evitarem problemas trabalhistas, melhorando o ambiente corporativo e aumentando a produtividade. Programado para ocorrer no dia 28 de outubro em Campo Mourão, o tema faz parte de uma programação de cursos gratuitos para industriais promovido pelo Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), fruto da parceria entre a Fiep, o Sebrae e a CNI.
De acordo com André Luiz Dias de Araújo, advogado trabalhista e gestor de recursos humanos, que irá ministrar o curso, as principais medidas para que problemas trabalhistas sejam evitados abrangem o aprimoramento da gestão de pessoas, a prevenção de conflitos e a preocupação com o cumprimento integral da legislação trabalhista.
“Apesar da dificuldade em se acompanhar a legislação trabalhista, num cenário em que temos aproximadamente 2,5 mil normas sobre o tema, as indústrias devem investir no cumprimento integral da legislação, para que não sofram processos trabalhistas e autuações do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho”, afirma o consultor.
Já a gestão de pessoas, segundo o especialista, deve contar com investimentos em comunicação interna, para que os empregados percebam que todos os assuntos - principalmente normas, direitos e deveres - são tratados de maneira transparente. “O colaborador não pode apenas assinar um amontoado de documentos sem saber exatamente do que cada um trata. Daí a importância de uma adequada política de integração no momento da admissão e de reforço sobre as diretrizes da empresa na vigência do contrato de trabalho. No momento da rescisão, a importância da comunicação aumenta ainda mais, uma vez que esse é um momento difícil para as partes e deve ser tratado com muita delicadeza”, ressalta Araújo.
Outro ponto fundamental para evitar problemas trabalhistas é a atenção à gestão da segurança, com a preocupação constante com a saúde do trabalhador. “Não devemos esquecer que, em caso de acidente do trabalho, a indústria responde ao empregado, na esfera da responsabilidade civil e à previdência, que ingressará com ação regressiva para ser ressarcida de todos os gastos com a reabilitação do empregado”, esclarece o consultor.
Além disto, a melhor maneira de evitar problemas trabalhistas ainda é investir na qualidade de vida e satisfação dos profissionais. “Um empregado que se sinta valorizado, que consiga conciliar o profissional com o pessoal e que tenha reconhecimento do empregador dificilmente ingressará com uma ação trabalhista quando sair da indústria. Portanto, o investimento em qualidade de vida do empregado contribui decisivamente na diminuição do passivo trabalhista das indústrias”.
Associativismo
No curso, o consultor aborda o conjunto de regras que regem a relação industrial - trabalhador, em três momentos: admissão, vigência da relação empregatícia e rescisão do contrato de trabalho. Também é estimulada a participação do empresariado por meio do associativismo para proporem mudanças que tornem a realidade da legislação trabalhista mais adequadas e simples.
“As empresas têm problemas comuns, mas não tratam esses problemas de maneira coletiva. Muitas vezes ficam sofrendo isoladamente. É necessária uma atuação coletiva das indústrias para que haja o fortalecimento de sua representação e, consequentemente, o aumento do poder de influência nas esferas decisórias do país, sobretudo no poder legislativo. Isso é essencial para que haja um efetivo aumento da competitividade da indústria brasileira. É preciso que haja participação no sindicato do setor, levando suas demandas e contribuições”, complementa.
Serviço
Fique atento ao calendário de cursos que conta com vários outros temas de interesse do empresariado por meio do site do PDA.