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Presidentes de sindicatos da indústria metalmecânica de 12 estados brasileiros se reuniram em Curitiba no dia 17 de agosto para a segunda edição do intercâmbio de lideranças do segmento. O evento foi realizado dentro do projeto Associa Indústria, desenvolvido em parceria pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae, juntamente com as federações estaduais, como a Fiep. Desta vez, o Sindimetal Maringá e o Sindimetal Paraná foram os anfitriões do encontro, que contou com as presenças de sindicatos paranaenses do segmento.
A iniciativa tem o objetivo de fomentar a troca de experiências de gestão entre presidentes de sindicatos do setor metalmecânico. O intercâmbio se tornou uma oportunidade para os industriais conversarem sobre gestão sindical, defesa de interesses, negociação coletiva e prestação de serviços pelos sindicatos.
Camilla Cavalcanti, gerente executiva de desenvolvimento associativo da CNI, explica que o intercâmbio é uma das ações mais importantes do processo iniciado em 2014 de formação da chamada rede sindical da indústria. A iniciativa partiu da percepção de que existem muitos sindicatos dentro de um mesmo setor. No entanto, nem sempre havia uma interação entre eles. “Dentro da nossa estratégia, o encontro tem o sentido de fortalecer esse contato dos sindicatos e o compartilhamento de informações, experiências e também de soluções. Muitas vezes, um sindicato já alcançou uma solução ou uma estratégia que pode ser utilizada por outro”, destaca.
De acordo com ela, do intercâmbio saem propostas muito ricas, que posteriormente são levadas para a CNI e também para dentro dos sindicatos, que executam parte destas ações. Camila avalia como positivo o resultado do projeto até o momento e enfatiza o intercâmbio também fortalece a relação dos sindicatos com a sua federação e também com Sesi, Senai e IEL.
Na segunda edição, os presidentes de sindicatos fizeram uma avaliação das propostas concluídas no primeiro intercâmbio e discutiram intensivamente a gestão sindical, além de conhecerem mais de perto das boas práticas aplicadas pelo Sindimetal Maringá. “Eles têm poucas oportunidades de conversar sobre desafios dos sindicatos. Os presidentes sempre conversam sobre as empresas e o setor. Mas aqui também existe este foco no sindicato”, afirma Camila.
O vice-presidente da Fiep e presidente do Sindimetal Maringá, Carlos Walter Martins Pedro, comenta que a oportunidade de conversar permite que as lideranças encontrem soluções necessárias para uma situação de crise e de necessidade ainda maior de integração entre as entidades, como a CNI, Fiep e sindicatos. “A crise é nacional e todos sentem mais ou menos reflexos. Esta interação é importante justamente para podermos elencar essas diferenças entre um e outro”, indica.
Segundo Carlos Walter, um dos temas que mais rendem discussões entre as lideranças do setor é o custo indireto sobre a indústria. “A extrema regulamentação feita pelo governo nos últimos anos impôs custos indiretos quase que impraticáveis na formação do nosso preço de venda. Isto torna o produto brasileiro muito caro e sem competitividade diante do imenso volume de taxas, sobretaxas e obrigações que devemos cumprir”, analisa.