Avenida Aviação, 1851 - Jardim Aeroporto
Apucarana - Paraná
Fone/Fax: (43) 3423-6622
e-mail: sindimetalapucarana@uol.com.br
O presidente do SINDIMETAL Apucarana, José Carlos Bittencourt, acredita que o Brasil não pode parar diante da crise e incentiva os industriais a produzir. Confira a entrevista com a avaliação sobre 2015 e as perspectivas para 2016.
Boletim da Indústria - Quais foram as principais ações do sindicato em 2015 que merecem ser lembradas aos associados?
José Carlos Bittencourt - No mês de maio, nos mudamos para a Casa da Indústria, um espaço compartilhado, cujo objetivo é estimular a representatividade dos sindicatos, o fortalecimento e o desenvolvimento das indústrias paranaenses. Para os sindicatos instalados no espaço, a iniciativa significa mais visibilidade nas suas categorias, estímulo ao empreendedorismo e crescimento da indústria local.
Outro destaque de 2015 foi a criação do Comitê Gestor da Logística Reversa, do qual fazemos parte com dois representantes: o secretário executivo, Sandro Benassi, e Daniel Trindade. Ao todo, 17 sindicatos do G-19 fazem parte do comitê, que irá ajudar a debater e divulgar para os industriais as questões relativas à Logística Reversa.
Por fim, no dia 04 de dezembro, conseguimos fechar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) junto ao sindicato laboral.
Em 2015, como o senhor avalia a produção do setor no Paraná, em relação ao Brasil e ao mundo?
A produção, no primeiro semestre, foi boa. Já no segundo semestre, apresentou queda em virtude da situação econômica vigente, além da falta de incentivo fiscal e normas como a NR-12, que colocam obstáculos no sistema produtivo. A legislação é incompatível com o sistema de produção e é retrógrada. Também não existe, por parte do poder público, nenhum programa de incentivo fiscal ou de fomento para a indústria, que não favorecem o aumento de produção.
O ano de 2015 foi atípico para a indústria em razão da crise. Qual o balanço do ano? Qual a expectativa para 2016?
O balanço do ano foi negativo, tivemos demissões em massa nas indústrias e cortes de crédito. O ano que vem ainda é um horizonte longe, mas, pelo prognóstico dos economistas, será pior que 2015. Tudo vai depender do desfecho dos problemas políticos, como impeachment da presidente. Uma dica aos industriais neste momento é não assumir compromissos financeiros a logo prazo, pois temos um futuro incerto. No entanto, os brasileiros não podem deixar a peteca cair. A crise também tem um viés psicológico e cabe a toda a sociedade, além dos políticos, a incentivarem o consumo. Todo mundo deve continuar trabalhando e investindo para melhorar o rumo dos negócios. Os industriais e os empresários devem insistir e investir no Brasil, apesar das crises políticas e econômicas instaladas no país.