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Alemanha aposta na industrialização do Brasil

Vice-ministro da Economia e Energia da Alemanha, Matthias Machnig, participou do 33º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha, e aconselha os brasileiros a investirem em reformas para alavancar produção industrial

clique para ampliarclique para ampliarIndustrialização é caminho para desenvolvimento, dizem alemães (Foto: Freeimages)

O vice-ministro da Economia e Energia da Alemanha, Matthias Machnig, marcou presença no do 33º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha, que aconteceu em Joinville, em Santa Catarina, no mês de outubro. Na ocasião, ele falou sobre o passado recente da Alemanha, que nos anos 2000 não tinha uma boa imagem perante outros mercados. Uma década mais tarde, o país é líder do continente, graças a reformas, segundo Machnig. Ele afirma ainda que o Brasil precisa se industrializar para ter sucesso.

Machnig enfatiza que sua presença no Brasil, um mês depois da vinda da chanceler alemã, Ângela Merkel, reforça que os alemães apostam no país e na indústria brasileira. Conforme ele, as indústrias correspondem a quase 30% do PIB alemão - no Brasil essa participação caiu para 9% - e concentra os melhores empregos e a massa salarial.

Maching lembrou ainda que todos os países que passaram por algum processo de desindustrialização, entre eles Estados Unidos e Inglaterra, estão trabalhando para reverter esse cenário.

Uma das dicas do ministro alemão para o Brasil é se dedicar ao reinvestimento na melhoria do valor agregado dos produtos. A Alemanha está investindo na digitalização da indústria e pretende mudar o DNA da industrial e alcançar um surto de produtividade em cinco anos. Para Machnig, as indústrias brasileiras também devem trilhar este caminho.

O presidente da Federação das Indústrias da Alemanha, Ulrih Grillo, também participou do encontro e acredita que um dos erros do Brasil foi ter deixado a indústria de lado ao apostar demais nas matérias-primas. Na opinião dele, a queda na demanda mundial por commodities não teria afetado o Brasil se a indústria estivesse fortalecida. O presidente frisa ainda que, para a competitividade futura da indústria brasileira, é preciso investir em solução inovadoras e se integrar nas cadeias globais de valor.

Sobre o EEBA

O EEBA foi organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua congênere Federação das Indústrias da Alemanha (BDI, na sigla em inglês), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). 

Com informações da assessoria de imprensa da CNI

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