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A crise que atingiu os fabricantes de automóveis, que acumulam queda de 16,8% na produção, de 7,6% nas vendas internas e de 35,4% nas exportações no primeiro semestre, prejudica o desempenho de toda a cadeia automotiva. Setores que têm dependência forte das montadoras, como os de plásticos, siderurgia e autopeças, também apresentam desempenho negativo no ano.
De abril a junho, a indústria de componentes plásticos, por exemplo, demitiu 3.133 trabalhadores. Essa foi à primeira vez, em 15 anos, que o número de vagas ficou negativo neste segmento. O recuo dos pedidos da indústria automobilística, responsável por cerca de 10% das encomendas dos fabricantes de produtos plásticos, foi um dos principais responsáveis pela diminuição da produção, que caiu 1,9% na primeira metade do ano em comparação ao mesmo período de 2013.
O segmento industrial, como um todo, é um dos mais afetados pelo desempenho mais fraco das montadoras. Dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no primeiro semestre, o setor industrial registrou
queda de 2,6% na comparação com igual período de 2013, com comportamento predominantemente negativo nos
setores de veículos e autopeças. Além da atividade de veículos automotores, de janeiro a junho
a fabricação de peças e acessórios caiu 15,4% ante 2013. A área de metalurgia recuou 5%.
O efeito mais imediato recai sobre o setor de autopeças, que engloba também outros segmentos,
como plásticos e químicos, já que as montadoras compram 70% das autopeças feitas no Brasil. O
faturamento das fabricantes caiu 7,6% até junho e 12 mil postos de trabalho foram eliminados no período. Além
disso, a indústria brasileira sofre com os altos custos com energia, falta de infraestrutura e alta carga tributária,
que trazem dificuldades para competir com produtos importados e para exportar.