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O seminário "Erva-mate XXI: modernização no cultivo e diversificação do uso da erva-mate" irá discutir temas relevantes para essa produção de 05 a 07 de outubro, em Curitiba. O evento é promovido pela Embrapa Florestas e irá reunir toda a cadeia produtiva do setor para discutir inovação e diversificação no uso desta planta nativa que hoje é cultivada por mais de 180 mil produtores rurais.
Segundo a Embrapa, além de palestrantes brasileiros, o seminário conta com palestrantes da Argentina e Uruguai. Também serão realizadas sessões de apresentação de trabalhos científicos.
Historicamente, a erva-mate tem sido fundamental para a economia de muitos municípios do Sul do Brasil e, atualmente, é o principal produto não madeireiro do agronegócio florestal na região.
O setor ervateiro, que já teve um ciclo econômico no qual era chamado de "Ouro Verde", passou por um longo período de estagnação, com consequente queda nos investimentos e no desenvolvimento de tecnologias. Hoje em dia, embora sem retomar as dimensões do passado áureo, o mercado ervateiro vem mostrando reação positiva e a descoberta do potencial da erva-mate pelo mercado internacional se mostra uma oportunidade de retomada de crescimento do setor.
"Temos um amplo espaço para ocupar neste mercado, mas também podemos desenvolver novos produtos, como chás, energéticos e outras bebidas, cosméticos e produtos de limpeza tendo a erva-mate como matéria-prima", informa Ives Goulart, analista da Embrapa Florestas e um dos coordenadores do evento. "Queremos trazer esta discussão à tona e mostrar as oportunidades do mercado de erva-mate e como as melhorias no sistema de produção podem auxiliar o produtor a se tornar mais competitivo", completa.
Produção
O Brasil hoje produz cerca de 860 mil toneladas de erva-mate verde, sendo que Argentina (690 mil toneladas) e Paraguai (85 mil toneladas) também cultivam a planta. Aproximadamente, 80% da produção brasileira de erva-mate destina-se ao mercado interno, sendo que 96% são consumidas como chimarrão e 4% na forma de chás e outros usos. "Por se tratar de uma planta cuja composição química possui compostos de interesse e propriedades benéficas ao organismo, podemos vislumbrar muitas aplicações que podem vir a ampliar o mercado para a erva-mate e também a aumentar o valor agregado do produto", enfatiza Ives.
O evento é organizado pela Embrapa Florestas, Instituto de Florestas do Paraná, Instituto Emater Paraná, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná/Curitiba e Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Conta também com o apoio do Ibramate, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto Nacional de la Yerba Mate (Argentina), Emater/Ascar-RS e Emater/PR.
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Com informações da Embrapa Florestas