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Cerca de 1.700 pessoas, entre autoridades federais e estaduais, representantes de classe e lideranças empresariais de todo Paraná, prestigiaram no dia 30 de setembro a posse da nova diretoria da Fiep, que tem como presidente o industrial Edson Campagnolo. Ele assume o cargo ocupado por Rodrigo da Rocha Loures, que conduziu a Federação durante os últimos oito anos. Eleita no último dia 3 de agosto, a nova diretoria irá comandar a entidade pelos próximos quatro anos, com o compromisso de defender a competitividade da indústria paranaense.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, compareceu à cerimônia representando a presidente Dilma Rousseff. Para a ministra paranaense, a nova diretoria será uma parceira no desenvolvimento econômico e social do Estado. "O presidente Campagnolo tem um espírito dedicado às causas da indústria paranaense e dará continuidade ao trabalho do Rodrigo da Rocha Loures, que fez com que a Fiep se aproximasse da população paranaense.", afirmou.
Em seu discurso, Campagnolo agradeceu inicialmente o apoio recebido da família desde o início de sua trajetória empresarial. Agradeceu, também, Rodrigo da Rocha Loures, tanto por o ter escolhido para sucedê-lo quanto pelo legado que ele deixa na Federação. "Uma entidade organizada, com inúmeros programas e projetos para serem implementados. E cabe a mim e à nova diretoria a responsabilidade da condução destes a partir de hoje", destacou.
O novo presidente da Fiep também relembrou a eleição da entidade, afirmando que o processo recebeu ingerência de forças "no mínimo estranhas e nada habituais" numa instituição empresarial. "O que me preocupou neste processo é que este jogo, não tão limpo, escancarou algumas práticas que infelizmente fazem parte das eleições e da vida político-partidária, numa afronta à nossa democracia. Mas os 75% dos votos que conseguimos consolidaram e blindaram nossa entidade de toda e qualquer intenção daqueles que não tenham o DNA de industrial. Temos hoje uma Fiep independente", declarou.
Campagnolo reforçou, ainda, seu compromisso de manter a atuação da Fiep totalmente focada nas demandas do setor industrial paranaense. "Vamos manter posição firme na defesa de interesses do setor produtivo, em especial dos industriais em nosso Estado e nação. Não com postura crítica, mas de modo a contribuir, de forma compartilhada, na construção de um Brasil mais justo para o bem estar de nossa população", disse.
Além disso, Campagnolo reafirmou seu compromisso de colocar a Fiep como parceira do Governo do Estado na definição de estratégias que contribuam com o desenvolvimento paranaense. "Tenha a certeza que tem em mim e nesta diretoria, que representa 42 mil empresas, homens e mulheres aliados para continuar a construir um Paraná digno e decente, gerando oportunidades e qualidade de vida para todos os paranaenses", declarou, dirigindo-se ao vice-governador Flávio Arns.
O vice-governador, por sua vez, destacou a importância da atuação da Fiep na defesa dos interesses econômicos do Paraná. "O Governo do Estado está muito feliz com o trabalho que a Fiep vem desenvolvendo", disse Arns. "É essencial que haja uma ação coordenada para realizar as melhorias que o Paraná necessita. Conheço o Campagnolo há algum tempo e confio no entrosamento e integração da Federação com o Governo do Estado, esta convergência de pontos de vista é o que o Paraná precisa", avaliou.
Banco de Projetos - Uma das propostas apresentadas por Campagnolo a ser desenvolvida em parceria com o Governo do Estado e outras entidades representativas é a criação de um Banco de Projetos para solucionar problemas de infraestrutura enfrentados pelo setor produtivo paranaense. "O desafio de desenvolver a industrialização em todas as regiões do Estado esbarra nas deficiências de infraestrutura e logística", afirmou. "Queremos estimular e ser um dos atores para instalar o Banco de Projetos e, por meio dele, criar um fundo de investimento de R$ 600 milhões, com objetivo de construir projetos e viabilizar através de PPPs um grande programa de investimentos na área de infraestrutura no Estado. Isso para, num horizonte de 20 anos, podermos viabilizar investimentos na ordem de R$ 18 bilhões", explicou.
Campagnolo afirmou que a Fiep buscará, também, estreitar a parceria com as outras federações das indústrias da região Sul do País, principalmente com o objetivo de reforçar a Frente Industrial/Parlamentar Sul. "Vamos atuar alinhados com a CNI nos temas nacionais", acrescentou.
Sobre esta integração, o vice-presidente da CNI, Paulo Tigre, destacou em seu discurso o papel da Fiep como entidade atuante no cenário empresarial brasileiro. "A Fiep acaba de completar 67 anos de bons serviços prestados à indústria do Paraná, destacando-se como uma das mais importantes federações do Brasil."
Despedida - Em seu último discurso como presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures enalteceu o papel da indústria como vetor do desenvolvimento econômico e social. "Tenho convicção que nós, empresários, somos atores fundamentais no processo de desenvolvimento do Estado", disse. "Sem indústria não há desenvolvimento, todo bem estar passa pela produção industrial", afirmou.
"Termino minha gestão na Fiep com o sentimento de que dei uma grande contribuição, e quero dizer que isso só foi possível graças à colaboração de todos", finalizou Rocha Loures.