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IEL: novos talentos e educação executiva para o avanço do setor industrial

Superintendente da instituição, José Antonio Fares, lembra das missões do instituto e como as indústrias podem aproveitar os programas desenvolvidos pelo IEL

clique para ampliar>clique para ampliarJosé Antonio Fares, superintendente do IEL (Foto: Agência Fiep)

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) atua em importantes frentes para a indústria: gestão de talentos para o setor e o desenvolvimento de competências em gestão, principalmente em liderança, por meio da educação executiva. O IEL, em 45 anos - que serão completados em 2014 -, também aposta na formação direcionada para as necessidades do segmento industrial, por meio da Faculdade da Indústria. Empresas de todo o Paraná podem aproveitar os programas desenvolvidos pelo IEL, como o Inova Talentos, para trazer benefícios para o processo industrial.

Nesta entrevista exclusiva ao Boletim da Indústria, o superintendente do IEL, José Antonio Fares, comenta sobre as atividades no instituto.

Qual é a missão do IEL no Paraná?

O IEL tem a missão de cuidar da intermediação dos estudantes para a indústria, por meio de estágios e programas de trainees, além de proporcionar educação executiva, para novos líderes e para líderes que já possuem o cargo. Este é o IEL em todo o Brasil. No Paraná, temos mais uma vertente, que é a Faculdade da Indústria. No caso dos jovens universitários e técnicos, o IEL trabalha com a capacitação deles para ambientá-los às necessidades das indústrias e à dinâmica de uma organização. Temos um programa de capacitação para estes jovens para gerar menos dificuldades na adequação à cultura organizacional.

As indústrias muitas vezes reclamam da qualidade da formação nas universidades. As empresas também enfatizam que esta formação não está adequada às necessidades do setor. Isto pode ser identificado no processo seletivo realizado pelo IEL?

Isto realmente acontece. A formação é muito mais teórica do que aplicada. Alguns estudiosos insistem que deve ser isso mesmo. A indústria pensa diferente. O IEL tenta fazer essa intermediação com as universidades, criando programas destinados aos estudantes para aplicação prática do que se aprende em sala de aula. É um desafio muito grande.

A melhor solução hoje é a indústria identificar quais são as principais demandas que possui, além de quais características comportamentais e conhecimentos específicos precisa para preparar melhor os estagiários quando já estiverem dentro da indústria. A partir disto, o IEL monta um programa específico com os estagiários que estão lá. É mais fácil do que esperar que a universidade faça essa adequação. O objetivo dessa ação é tentar minimizar a distância entre a teoria e a prática.

O IEL está com o programa Inova Talentos. Quais as metas e os resultados do projeto?

Neste programa, o IEL atua nas indústrias para estimular a inovação. É necessário que a indústria apresente um projeto inovador, que pode ser um produto novo ou uma melhoria de processo. Este projeto vai para análise do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Se o CNPq entender que é mesmo inovador, ele autoriza o pagamento de bolsas para jovens recém-formados com o objetivo de ajudar a indústria a desenvolver este projeto. O IEL faz o processo seletivo dentro do programa.

O IEL também administra a Faculdade da Indústria. Quais são as áreas de atuação da instituição de ensino?

Não queremos ter um posicionamento de mercado que signifique concorrência com outras instituições. Queremos ter um foco para a indústria. Quando o aluno chegar lá, ele vai ter a maior parte do programa curricular voltado para processos industriais. A maioria dos professores da faculdade será de profissionais que já atuam nas indústrias. Todos os trabalhos de estágio, TCC e conclusão de curso serão baseados em processos industriais. Nosso grande objetivo é ser reconhecido pelo aluno, que vai procurar a Faculdade da Indústria para trabalhar no setor, e pelo industrial, que quando precisar de mão de obra na área administrativa pode encontrá-la na faculdade.

Como o senhor avalia a atuação do IEL?

O IEL saiu de oito mil estagiários e temos uma meta de 14 mil estagiários em 2014, o que representa um aumento substancial. Com a Escola de Gestão da Indústria, que desenvolvemos programas na área de educação executiva, pretendemos dobrar número de atendimentos in company. Hoje, são 20 indústrias com este tipo de atendimento, principalmente na área de desenvolvimento de lideranças.

Na Faculdade da Indústria, temos uma meta de oferecer um modelo à distância. Com isto, teremos um aumento significativo no número de alunos. Já estamos encaminhados com o Ministério da Educação (MEC). Provavelmente, isto já estará disponível em 2015.

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