Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Estado do Paraná

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Especialistas avaliam perspectivas para setor coureiro-calçadista em 2012

Devido à queda do abate mundial, tendência é de crescimento dos preços médios da matéria-prima para o ano que vem

Com o objetivo de apresentar informações de mercado e compreender as perspectivas e projeções para o setor coureiro-calçadista, traçando um panorama para o próximo ano, foi lançada a Análise de Cenário para o Planejamento Empresarial 2012.

O relatório, preparado pela Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos), tem por objetivo fornecer informações que auxiliem na elaboração do planejamento estratégico das empresas da cadeia produtiva.

O economista e consultor Hélio Henkin apresentou um conjunto de informações e tendências macroeconômicas que poderão impactar o setor no próximo ano. Em um dos seus apontamentos, ele destaca o risco de uma crise financeira mais aguda na Europa e até mesmo de recessão. "A agilidade e qualidade da resposta das autoridades monetárias europeias será fundamental para evitar uma crise de maior proporção na Europa e seu impacto sobre a economia mundial", declara.

No Brasil, Henkin aponta um crescimento para 2012 e acredita na resistência do país diante dos impactos das crises internacionais. "A competitividade e o nível da produção industrial poderão ser beneficiados se as medidas de política industrial do Plano Brasil Maior tiverem implementação eficiente, o que não tem sido a característica brasileira nessa área" apontou.

As perspectivas para o segmento coureiro também foram detalhadas, com tendência de crescimento dos preços médios da matéria-prima (couro bovino) para 2012 devido à queda do abate mundial. Para incrementar a economia brasileira, O grande desafio está na oferta de produtos competitivos, com aposta na busca de novos mercados e de aplicações para o couro.

Oportunidades - Entre as oportunidades para o ano de 2012, estão a expansão do couro brasileiro de maior valor agregado (acabado) e a manutenção do imposto de exportação de 9% sobre couros de menor valor agregado (wet blue).

A entidade também detalhou os efeitos do Plano Brasil Maior, que prevê incentivos fiscais para fortalecer a produção industrial brasileira. Na exportação será possível perceber uma redução nos custos pela criação de um incentivo fiscal e pela desoneração da folha de pagamento. Já nas vendas no mercado interno, o setor calçadista, em geral, terá uma redução no valor da contribuição previdenciária.

Além do setor coureiro, foi apresentado um panorama da indústria calçadista, com as principais perspectivas apontadas pelo empresário para o próximo ano, como custo industrial crescente (mão-de-obra), crescimento nas exportações para América Latina e países emergentes e mercado interno mais cauteloso. Em relação à concorrência chinesa, ameaça comum a todo setor, é preciso criar novas possibilidades políticas e econômicas. As empresas precisam se capitalizar e investir em tecnologia para competir, além de cortar custos indiretos, revisar e racionalizar processos e, se necessário, mudar a dinâmica da empresa.

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