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Em julho, foi exportado um volume físico correspondente a apenas 1,74 milhões de couros bovinos, a menor
quantidade desde março de 2009 e 18% inferior ao mês anterior. Já o valor das exportações
caiu para US$ 148,7 milhões, 11% menor do que o movimento de junho. O Paraná manteve a terceira colocação
entre os Estados que mais exportam o produto, depois de ter perdido a posição para o Ceará no ano passado.
O
volume físico das exportações, nos primeiros sete meses do ano, foi de 16,36 milhões de couros
exportados e ainda está 1% acima da quantidade exportada no mesmo período de 2010, enquanto o valor das exportações
com US$ 1,2 bilhão superou em 18% o do ano anterior.
A participação com 65,7% de couros acabados e semiterminados, de maior valor agregado, estabelece um recorde
histórico. Consequentemente, a quantidade de wet blue (já preparado para o acabamento final para fabricação
de calçados, cintos e outros produtos), que no ano 2000 representava 70% das exportações, caiu em 2011
para apenas 34,3%, o seu nível mais baixo. Estes dados, do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB),
são baseados no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
"Esse desempenho do nosso
setor reflete as dificuldades que a indústria do couro vem enfrentando, decorrentes da relação cambial
e dos entraves representados pelo chamado custo Brasil", alerta o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich. Com base no comportamento
do mercado nos últimos meses e considerando a crise econômica mundial com uma previsão de consumo menor
e queda nos preços, Goerlich diz que a projeção de embarques da ordem de US$ 2 bilhões para 2011
está comprometida.
Ranking dos Estados de janeiro a julho de 2011 - O Relatório do CICB informa no balanço das vendas externas de couros dos Estados brasileiros nos sete meses do ano, em relação ao acumulado do ano passado, a liderança do Rio Grande do Sul (US$ 296,4 milhões, 24,6% de participação), seguido por São Paulo (US$ 269,28 milhões, 22,4% de participação). O Paraná (US$ 132,96 milhões, 11%), sustenta a terceira posição e é seguido pelo Ceará (US$ 100,84 milhões, 8,4%).
Apesar dos números desanimadores de 2011, o segmento conta com os resultados positivos do programa de cooperação
CICB/Apex-Brasil, denominado Brazilian Leather, que vem proporcionando visibilidade expressiva ao couro brasileiro, concorrendo
para aumentar o valor do couro brasileiro e impulsionar as vendas.
De janeiro a julho de 2011, os principais mercados
do produto fabricado no Brasil foram a China e Hong Kong, com US$ 359 milhões (29,8% de participação
e aumento de 2%); Itália, com US$ 279,84 milhões (23,2% de participação e elevação
de 23%); e Estados Unidos, com US$ 124,87 milhões (10,4% e crescimento de 17%). Entre os países que aumentaram
as aquisições do produto nacional figuram a Noruega (US$ 17,1 milhões, 21%), Hungria (US$ 14,85 milhões,
44%), Portugal (US$ 14,16 milhões, 66%), e Espanha (US$ 9,92 milhões, 71%).