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Com o objetivo de alinhar a agenda do setor produtivo com as políticas públicas, estadual e federal, para fortalecer a economia paranaense, a Fiep organizou, nos dias 20 e 21 de junho, no Cietep, o Congresso Paranaense da Indústria. O mais importante evento do setor industrial do Paraná e um dos mais relevantes do Brasil, contou com a presença de empresários de todas as regiões do Estado, lideranças do setor produtivo e parlamentares federais e estaduais.
A abertura, feita pelo presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, contou com a presença do governador do Paraná, Beto Richa. "A política industrial moderna é um espaço de diálogo, de cooperação e de articulação entre o setor produtivo organizado e o Governo", afirmou Rocha Loures. "Em relação à indústria, nosso interesse é que vocês possam cada vez mais se fortalecer, gerar mais emprego e mais riqueza para o nosso Estado. Por isso, estamos abertos ao diálogo", afirmou Richa.
O evento contou, ainda, com painéis e palestras de autoridades como o secretários de Estado Luiz Carlos Hauly (Fazenda), José Richa Filho (Infraestrutura e Logística) e Jonel Iurk (Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que puderam dialogar sobre os temas prioritários da indústria paranaense.
Com o foco voltado à economia e ao desenvolvimento do Estado, Luiz Carlos Hauly defendeu que é preciso agir nacionalmente para pacificar a questão da guerra fiscal entre os Estados e aumentar a folga financeira do Paraná para garantir a ampliação dos investimentos públicos. Para ele, essas ações devem colaborar para aliviar a pressão dos tributos sobre as empresas e aumentar a competitividade do setor produtivo paranaense. "O Brasil tem o pior sistema tributário do mundo. É um manicômio tributário, onde quem pode mais chora menos. É uma lógica perversa", afirmou Hauly durante o evento. "Se tivéssemos um sistema tributário mais enxuto, o Brasil cresceria mais. O Paraná é partícipe desse processo e vítima do caos tributário nacional. Se não consertarmos o nacional, não consertaremos o estadual", acrescentou.
Em sua palestra, José Richa Filho defendeu a construção de 12 novos berços de atracação no Porto de Paranaguá e 140 metros a mais de cais no Porto de Antonina, ampliação da Ferroeste dos atuais 250 quilômetros para 1.116 quilômetros, duplicação de rodovias, ampliação e melhorias nos aeroportos e implantação de centros de logística. "O crescimento do Paraná ficou extremamente concentrado nos últimos anos. Prova disso é que apenas 20 dos 399 municípios do Estado concentram 51% da população, 65% do PIB total e 70% do PIB industrial", explicou o secretário de Infraestrutura e Logística. "Agora, a estratégia do Governo é desconcentrar este desenvolvimento", disse.
Meio ambiente - As parcerias entre o Governo e o setor produtivo podem agilizar a resolução de questões ambientais no Estado. A afirmação foi feita pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Jonel Iurk, em sua palestra. Ele destacou a iniciativa da Fiep em ouvir as cadeias produtivas e levantar as demandas temáticas de cada setor, que mostrou que o tema meio ambiente é uma das principais preocupações atuais da indústria. "Temos um subsidio a mais para planejar novas políticas e atuar para agilizar uma definição sobre a questão", disse o secretário, ressaltando que o licenciamento ambiental é uma das questões mais complexas que envolvem o meio ambiente e o poder público.
Mais diálogo - No dia 21, foram realizadas reuniões técnicas sobre temas apontados pelos empresários e lideranças como prioritários para o desenvolvimento da indústria com competitividade e segurança: tributação, meio ambiente, infraestrutura, inovação, desenvolvimento local, educação transformadora e linhas de crédito e financiamento. Ao todo, 17 temas foram discutidos. "O maior benefício foi as instituições e o Governo virem escutar as necessidades que os empresários têm e se proporem a atender as demandas e a levarem os problemas em consideração", disse Adriano Spanhol, empresário da Illumeo, que participou do Congresso.
Também no dia 21, o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, lançou oficialmente o livro "Voto Distrital na Reforma Política". A publicação é o principal resultado obtido durante o II Congresso da Rede de Participação Política, ocorrido durante os dias 9 e 10 de setembro de 2010 e que teve como tema 'Reformar e Inovar: Uma Nova Política é Possível'. Durante os dois dias de encontro, os cerca de 650 participantes debateram questões sobre desenvolvimento local e elaboraram uma proposta de lei de iniciativa popular visando à implantação de um sistema de voto distrital misto no Brasil. "A implantação do voto distrital misto é uma de nossas principais bandeiras por ser o modelo de sistema eleitoral mais apropriado para as dimensões e características do nosso País" afirmou Rocha Loures.