Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Estado do Paraná

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Sindicouro defende competitividade do setor na Frente Parlamentar

Valorizando a união do setor, audiência pública debateu medidas necessárias para garantir crescimento e geração de postos de trabalho

 

clique para ampliar clique para ampliarRepresentantes do Sindicouro defenderam o setor na Frente Parlamentar (Foto: Sindicouro)

O desenvolvimento da indústria têxtil paranaense reuniu empresários, lideranças e autoridades na audiência pública da Frente Parlamentar Mista José Alencar, realizada na sede da Fiep, em Curitiba, no dia 5 de julho. Foi o primeiro encontro realizado fora de Brasília este ano, e que concluiu que o setor precisa de incentivos para que as empresas possam competir em igualdade com produtos importados. Para os participantes, a união deve dar mais força às reinvindicações da cadeia têxtil.

O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), coordenador da Frente Parlamentar no Estado, afirmou que as demandas levantadas durante a audiência pública em Curitiba serão levadas ao Governo Federal e aos mais de 260 congressistas que compõem o grupo. "O setor do vestuário é importante para o Paraná e vem ajudando o País a crescer. Mas ele precisa de ajuda para que possa sobreviver", disse Dirceu. "Neste ano, o Governo Federal já deu uma atenção concreta e verdadeira ao nosso trabalho, mostrando-se sensível às necessidades do setor", acrescentou. Também participaram da audiência o deputado estadual Elton Welter (PT) e o coordenador de relações institucionais da vice-presidência da República, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que foi coordenador da Frente Parlamentar no Paraná.

Balanço do setor - Durante a reunião, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, apresentou um panorama do setor. O principal problema, segundo ele, é a forte concorrência que a indústria nacional vem sofrendo com produtos vindos de países que subsidiam a produção e exportação de peças de vestuário. Prova disso é que a balança comercial do setor vem registrando déficits há 5 anos. No ano passado, por exemplo, as importações de vestuário superaram as exportações em US$ 3,5 bilhões. Para 2011, a previsão da Abit é que esse valor salte para US$ 5,2 bilhões. "Nossa estimativa é que, com mais esse déficit, a indústria têxtil e de confecção brasileira deixe de gerar 200 mil postos de trabalho este ano", alertou Diniz Filho.

Esta redução na criação de empregos citada pelo presidente da Abit tem sido o principal argumento dos empresários do setor na busca por incentivos. "Hoje, nossas 30 mil empresas geram mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil. Somos um setor alavancador do primeiro emprego e o principal contratante de mulheres chefes de família", diz o empresário. Diniz Filho citou ainda um levantamento do BNDES que apontou que, a cada R$ 10 milhões a mais no faturamento do setor, são gerados 1.382 novos empregos. "O que mostramos ao Governo é que não queremos favores ou benefícios. A Abit não é contra as importações, mas queremos uma competição igualitária", concluiu Diniz Filho.

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