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Brasil reduz ritmo de compras da Argentina

02 de junho de 2011

Marta Watanabe e Luciana Otoni

Comércio exterior: Em maio, exportações do país vizinho subiram só 10%, bem abaixo da média de compras do país

A aplicação de licenças não automáticas para a importação brasileira de automóveis fez diferença nas exportações argentinas ao Brasil. A média diária da importação brasileira de produtos originados da Argentina cresceu 10,1% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic). A variação foi bem menor que a média diária da importação total do Brasil, que cresceu 31,8% no período.

A redução do ritmo das exportações argentinas ao Brasil chama mais atenção ainda porque a exportação brasileira ao país vizinho não foi afetada. A média diária da exportação total do Brasil no mês de maio cresceu 25,2%, na comparação com o mesmo mês de 2010. Na mesma base de comparação os embarques aos argentinos aumentaram em 25,4%.

Os números indicam que a medida apertou bastante as exportações argentinas ao Brasil e isso provavelmente será discutido entre os dois países, diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, reúne-se hoje pela manhã com a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, para discutir as relações bilaterais. O encontro em Brasília dá sequência às reuniões ocorridas em Buenos Aires, na semana passada, nas quais a licença manual aplicada aos automóveis pelo Brasil desde 11 de maio já entrou em pauta. A licença não automática retarda o desembaraço da mercadoria, que pode demorar até 60 dias para ser efetivamente desembarcada.

O crescimento das exportações brasileiras não se restringiu à Argentina. Em maio, as vendas ao exterior foram recorde. O valor é 25% maior que o resultado de idêntico mês do ano passado, considerando a média diária, embora seja 0,6% inferior ao resultado de abril. No acumulado do ano, os embarques renderam US$ 94,6 bilhões, valor também recorde e 30% superior às receitas apuradas em igual período do ano anterior.

O secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, salientou que o desempenho de maio e dos cinco primeiros meses de 2011 é consequência, sobretudo, dos elevados preços das commodities e, em menor grau, da ampliação dos volumes embarcados e da maior diversificação dos mercados de destino dos produtos brasileiros.

As vendas de produtos básicos - minério de ferro, petróleo em bruto, soja, café e carne, entre outros - tiveram crescimento de 44% em maio e responderam, nos cinco primeiros meses do ano, por 47,8% do total das exportações do país.

Os embarques de produtos semimanufaturados - açúcar, celulose, ferro e aço e couro, entre outros - avançaram 30% e atingiram uma participação de 13,6% na pauta das exportações. Os manufaturados - automóveis, óleos combustíveis, autopeças e aviões, entre outros - cresceram 15% e a participação no total das vendas chegou a 36,4%. A China foi o maior comprador de produtos brasileiros, respondendo por US$ 15,7 bilhões das receitas até maio, 46,5% superior em relação a igual período de 2010. As vendas para a Argentina somaram US$ 8,4 bilhões, 32% a mais. Os Estados Unidos adquiriram US$ 9,2 bilhões em itens brasileiros, com alta de 25,3% na comparação de idênticos períodos.

Do lado das importações, os resultados também foram os maiores já registrados: US$ 19,7 bilhões em maio, 32% a mais que em maio do ano passado, pela média diária. Em relação a abril, no entanto, houve retração de 7,2%. Essa queda é parcialmente explicada pela redução nas importações de petróleo no mês passado.

Na avaliação do Ministério do Desenvolvimento, para os próximos meses a tendência é que a importação de petróleo se mantenha nos níveis de maio, de US$ 1,4 bilhão, e não repita o pico de US$ 1,6 bilhão que foi registrado em abril. No acumulado do ano, as importações totalizaram US$ 86 bilhões, 28% acima do verificado em idêntico período de 2010, considerando a média diária das aquisições. As importações de bens de consumo atingiram US$ 15 bilhões, representando a maior taxa de expansão entre as categorias de uso, 32%. As aquisições de matérias-primas e bens intermediários somaram US$ 39 bilhões, 23% maior que no ano passado.

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