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O oeste do Paraná é contemplado com um dos maiores números de indústrias de cerâmica vermelha com selo PSQ (Programa Setorial da Qualidade) e certificação pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Esta realidade é prova de que os industriais têm interesse em investir em qualidade, porém, nem todos eles pensam da mesma forma. Devido a isto, o Sindicer Oeste, com o apoio dos associados e da Anicer (Associação Nacional da Indústria Cerâmica), dá início a um programa de combate à não conformidade.
O objetivo do projeto é sensibilizar as indústrias que fabricam produtos em desacordo com as normas exigidas para a melhora da qualidade e durabilidade das peças. De acordo com Romário Schaefer, empresário associado ao Sindicer Oeste, o que os industriais querem, entre outros pontos, é mostrar as vantagens e a importância de comprar um produto de qualidade. "Queremos que todos atendam às exigências. As normas devem ser seguidas porque esta é a única forma de garantir que um produto seja realmente qualificado para exercer sua função. Além disto, queremos valorizar o nosso produto, que é certificado", explica.
Segundo a administradora do sindicato, Adriana Bayer, o primeiro passo já foi dado e em breve o projeto começará a ser desenvolvido, porém ainda não tem data definida. "Designaremos uma pessoa para realizar este processo. Ela irá até lojas de construção da região para comprar alguns produtos e, em seguida, uma análise será feita. Caso o material não cumpra as normas, a loja e o fabricante ficarão sabendo. No entanto, não há uma multa para ser aplicada àqueles que estão em desacordo. O objetivo do programa é apenas sensibilizá-los para que busquem melhorar a qualidade".
Além de seguirem as normas vigentes, os fabricantes podem garantir a utilização de seus materiais em obras públicas e projetos financiados pela Caixa Econômica Federal, pois atualmente, para participar destes modelos de construções, é necessário comprovar que os materiais cumprem todas as regras necessárias de segurança e qualidade. "É preciso fornecer garantia de 40 anos no tijolo e 20 anos na telha. Se a Caixa financiou, a construtora é obrigada a pedir o laudo técnico do produto", alerta Romário.