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Entre os painéis apresentados durante o 40º Encontro Nacional da Indústria da Cerâmica Vermelha,
nos dias 24 e 27 de agosto, em Vitória, no Espírito Santo, o estudo que comprovou vantagens das telhas produzidas a
partir de cerâmica vermelha em comparação ao concreto foi destaque. O evento é um dos maiores do
País voltado ao segmento ceramista e recebe visitantes de diversos Estados brasileiros e do Exterior. A doutora em Engenharia Ambiental Danielle Souza realizou estudo inédito no Brasil que apresentou dados sobre o
ciclo de vida das telhas cerâmicas. A pesquisa foi feita por meio da empresa canadense Quantis, em parceria
e a pedido da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer). Segundo a pesquisadora, a cerâmica
vermelha leva vantagem em relação ao concreto em vários aspectos, principalmente no que diz respeito
à sustentabilidade. No comparativo entre os produtos, o estudo concluiu que os benefícios da utilização da telha cerâmica
são muito maiores em comparação às telhas de concreto, principalmente quando se trata de mudanças
climáticas, depressão de recursos e retirada de água. "Os dados coletados com o estudo comprovam que
a telha de concreto é até três vezes mais agressiva ao meio ambiente", afirma Danielle. A fabricação
da cerâmica utiliza menos água e tem um mecanismo de transporte menos agressivo, causando menos impactos ambientais. Encontro - O evento ocupou uma área de 11 mil m² no Carapina Centro de Eventos, onde 89 expositores
de várias nacionalidades apresentaram as últimas novidades em tecnologia e serviços do mercado, gerando
um volume de negócios de cerca de R$ 38 milhões em apenas três dias de feira. Foram registrados mais de
3 mil participantes. A programação trouxe, ainda, clínicas tecnológicas apresentadas no período
da manhã, sempre divididas em dois blocos, com a participação de técnicos e consultores com grande
experiência nos assuntos abordados. Além de visitas técnicas a duas cerâmicas da região. Na ocasião, foi realizada a premiação da primeira edição do Prêmio Jovem Ceramista,
que busca incentivar a produção técnica entre estudantes do setor. Abrindo a lista de ganhadores do prêmio,
os três primeiros colocados foram Evandro José Hanauer, da Escola Senai Mario Amato (SP), com o trabalho "Laboratório:
vilão ou aliado da indústria de cerâmica vermelha"; Alisson Lima, também da Escola Senai Mario
Amato, com o trabalho "Perdas no processo"? Como controlar, identificar e diminuir"; e Renan Carreiro, da Faetec - CVT de
Cerâmica (RJ), com o trabalho "Geração de novos produtos cerâmicos com a incorporação
de resíduo de lama de alto forno".