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Apesar do resultado positivo da produção brasileira de bens de consumo duráveis, que avançou 2,7% em maio sobre abril e 2,3% ante o mesmo mês de 2010, as medidas macroprudenciais tomadas pelo governo para frear o consumo estão afetando o setor, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na avaliação do gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, o efeito da menor oferta do crédito e aumento da taxa de juros é mais observado na margem da série. "Quando se observa um comportamento mês a mês, o item (bens de consumo) duráveis acaba sendo mais atingido por essas medidas, principalmente quando a gente compara o patamar que o setor opera nesse momento e o que operava em dezembro. É o que mostra o menor ganho das categorias de uso", observa Macedo.
"Quando você observa esses primeiros meses de 2011, especialmente a produção de automóveis, também alguma coisa relacionada aos eletrodomésticos, é o que vem pressionando ou o que vem dando um comportamento mais moderado para a produção de bens de consumo duráveis". No acumulado em 2011, houve crescimento na produção de 17 das 27 atividades industriais investigadas pelo IBGE. De janeiro a maio, ante igual período de 2010, a produção industrial brasileira teve expansão de 1,8%.
O resultado foi sustentado, sobretudo, pelo setor de veículos automotores, que teve expansão de 6,9% impulsionada pelo avanço na produção de aproximadamente 83% dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a maior fabricação de caminhões, veículos para transporte de mercadorias e caminhão-trator para reboques. Outras contribuições positivas sobre o total nacional foram registradas por outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutica (6,6%), refino de petróleo e produção de álcool (3,6%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (21,2%), máquinas e equipamentos (2,4%), minerais não metálicos (4,7%) e indústrias extrativas (2,9%).
Em termos de produtos, os destaques foram aviões e motocicletas; medicamentos; gasolina automotiva e óleo diesel; relógios de pulso; motoniveladores e aparelhos carregadoras-transportadoras; ladrilho e placas de cerâmica e cimentos "portland"; e minérios de ferro. Por outro lado, houve queda na produção das atividades têxtil (-11,9%), outros produtos químicos (-3,3%), bebidas (-3,7%) e alimentos (-1,0%), pressionados respectivamente pela menor fabricação dos itens tecidos de algodão e toalhas de banho, rosto e mãos de algodão; herbicidas para uso na agricultura; preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas.