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Na última edição do Boletim da Indústria em 2015, o presidente do Sindemon, Jair José de Souza, faz uma avaliação sobre os resultados do setor de montagem industrial neste ano, marcado pela crise econômica. Ele também comenta sobre o envolvimento do sindicato na diretoria da Fiep e como isto está trazendo benefícios para o setor. Souza ainda cita os projetos e metas do Sindemon para 2016. Acompanhe a entrevista:
Qual sua avaliação sobre as atividades do Sindemon em 2015? Um dos destaques foi a sua entrada na diretoria da Fiep, para a gestão até 2019.
Estando na diretoria da Fiep, os associados agora têm outra visão do sindicato. Ainda quando se convoca uma reunião no sindicato para discutir temas importantes para o setor, ainda há pessoas que pensam mais em uma concorrência, e não como parceria para agregar valor para todo o segmento. Desde 2000 como diretor do Sindemon e há quatro anos como presidente, sempre acreditei que devemos agregar valor. Existe mercado para todas as empresas. Agora, com a nossa participação mais intensa na Fiep, este medo está deixando de existir. Sinto hoje o sindicato mais unido. Desde setembro, estamos aumentando o número de associados.
O que o sindicato está prevendo para 2016?
Estamos formalizando uma capacitação para profissionais em paradas emergenciais ou programadas em todo o Paraná. Estamos trabalhando fortemente, com apoio de diferentes empresas, para fazer este treinamento. Este é um trabalho que vemos com muito bons olhos. Capacitação profissional é sempre um fator importante para todos os setores. Também temos a meta arrojada de dobrar o número de associados. Hoje contamos com cerca de 25 empresas associadas. A ideia é fortalecer cada vez mais o nosso sindicato e o nosso setor. Não existe outra saída a não ser todos estarem de braços dados.
O segmento de montagem industrial se comportou como neste período de crise?
A crise nos prejudicou bastante, principalmente quanto aos pagamentos. As empresas conseguem vender, mas está difícil receber. Houve ainda problemas em liberações do BNDES, de financiamentos, no fluxo de caixa dos clientes. Este foi um ano difícil. Porém, enxergamos esta crise como sendo uma questão política. Arrumando isto, consequentemente haverá progressos na economia. Nossa esperança é que em 2016 este cenário comece a mudar.
A perspectiva para 2016 está dividida entre aqueles que estão bastante pessimistas e aqueles que acreditam em um fôlego a partir do segundo semestre do ano que vem. Qual a sua opinião?
O pessimismo não leva a nada. Pessimismo apenas leva você a afundar em mais uma crise. Não é momento de estar muito otimista. É preciso ter cautela e planejamento, além de fazer diferente. Na crise, temos que criar, inovar e oferecer diferenciais aos seus clientes e aos seus colaboradores também, motivando-os. No mínimo, é necessário acompanhar tudo o que está acontecendo e caminhar um passo a frente ou junto. Você não pode parar. Se estagnar, a crise termina, o mercado retoma as atividades e você já ficou para trás.
Aproveitando o momento de fim de ano, qual é a sua mensagem aos associados?
Temos que lutar sempre. Precisamos estar unidos e fortes. Desta maneira, nós fazemos a diferença. Não podemos entrar no pensamento de que “estamos em crise, estamos em crise”. A crise está aí, mas ela pode ser passageira e contornada. É o momento de todos darem o seu melhor. Não para aumentar a margem, mas para mantê-la. Assim, é possível honrar seus compromissos com fornecedores e colaboradores. E a economia vai girando. Apesar da crise, como este é um momento de reflexões e de festa, também aproveito desejar a todos um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. E que contem com o Sindemon em 2016.