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O cônsul da Argentina no Paraná, Pedro Ezequiel Marotta, participou no dia 13 de julho de uma reunião do Conselho de Negócios Internacionais da Fiep. O objetivo do encontro foi potencializar negócios entre Paraná e o país presidido por Mauricio Macri.
O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, afirmou que a Argentina está um pouco à frente do Brasil, pois passou por uma mudança na orientação política e econômica “São dois países que têm uma integração muito forte e queremos consolidar isso. O que estamos fazendo no Brasil é fazer o dever de casa. Temos um governo interino e precisamos que haja a consolidação de um governo para resolvermos questões que não foram resolvidas nos últimos anos”, afirma.
Ele disse ainda que o empresário precisa ter paciência e esperança enquanto não há a consolidação. “É um momento difícil, temos que manter a serenidade e tudo andando. Quando as coisas se consolidarem, muitas oportunidades surgirão e a indústria irá se fortalecer. O comércio exterior, não é o único, mas é um dos melhores meios para retomarmos o crescimento”, complementou.
Relação comercial entre Argentina e Paraná
Historicamente, a Argentina é um importante parceiro comercial do Paraná. “A Argentina está no nosso radar”, afirmou o coordenador do Conselho Paulo Pupo, que também alertou a necessidade de uma agenda para fortalecer os segmentos industriais paranaenses.
A perspectiva de crescimento para o país vizinho é de 0,5 a 1% ao ano. “Não é pouco, pois há muito tempo não tínhamos um cenário de crescimento”, afirmou o cônsul.
O novo governo já aplicou uma série de medidas para aumentar a competitividade e tirar o país da recessão. O cônsul afirmou que as relações de comércio devem se fortalecer, mas será um processo gradual. “A relação de Brasil e Argentina é muito estratégica. Argentina e Brasil são parceiros naturais e o Paraná também, porque o Paraná não pode se definir como uma exportador agrícola, o estado tem um desenvolvimento industrial muito forte”, disse.
Ao todo, 26 indústrias argentinas de grande porte estão no Paraná. O cônsul afirmou que o relacionamento comercial com a Argentina deve ser de produtos com valor agregado. “São produtos que deixam trabalho em ambos os lugares. O Paraná produz basicamente o mesmo que a Argentina. Nossas matrizes industriais se encaixam muito bem, estamos trabalhando ordenadamente muito bem”.