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Nos últimos dois anos, o setor de engenharia de montagem e manutenção industrial sofreu com resultados aquém do esperado. Em 2014, as empresas conseguiram equilibrar este desempenho, mesmo em ano de Copa do Mundo, evento que atrapalhou bastante a produção e a demanda de serviços. Esta é a opinião do presidente do Sindemon, Jair José de Souza, que faz uma avaliação sobre o setor neste ano e as atividades promovidas pelo sindicato. Confira a entrevista:
Boletim da Indústria - Em sua opinião, como foi a atuação do Sindemon em 2014 e quais as atividades promovidas que merecem ser destacadas?
Jair José de Souza - Buscamos uma proximidade com a Fiep, estreitando ainda mais nosso relacionamento. Conversamos muito com a equipe da federação, que trouxe tudo aquilo que a Fiep pode contribuir conosco. Levamos isto aos nossos associados. Alguns serviços nós trabalhos fortemente, como o Cartão Sesi. Algumas empresas fizeram o convênio. Lógico que, para isto, é preciso estar filiado ao sindicato.
Enfrentamos uma dificuldade quanto ao associativismo porque as empresas enxergam o sindicato como concorrente, e não como um parceiro que pode ajudá-las. Estamos buscando mudar este conceito e trazer as indústrias mais próximas de nós, deixando-as também mais próximas da Fiep e de todos os benefícios que a entidade pode oferecer aos associados. Fizemos um trabalho forte para isto e vamos enfatizar isto em 2015.
Entre os destaques das ações desenvolvidas neste ano estão as capacitações promovidas pelo sindicato?
Com certeza, os treinamentos estão entre as atividades de destaque do sindicato em 2014. E vamos continuar em 2015. Queremos buscar cada vez mais a participação das empresas do setor nas capacitações e treinamentos. Temos vagas para participar destes cursos e palestras e é difícil preenchê-las.
Qual a sua avaliação sobre o desempenho do setor em 2014?
Para o nosso segmento, dos últimos três anos, eu diria que este de 2014 foi o menos ruim. Para nós, 2012 foi péssimo, 2013 foi ruim e em 2014 foi possível equilibrar. As empresas fizeram reestruturação em suas organizações. Todos enxugaram a máquina e foi feita uma reengenharia administrativa. Houve também o foco em mais negócios. Muitas empresas estavam focadas em apenas um caminho. Isto rendeu e vai render frutos. Outro item que movimentou o ano foi a construção da nova fábrica da Klabin em Ortigueira. Ajudou um pouco neste ano e vai melhorar no ano que vem. No entanto, a Klabin não prioriza as empresas locais. A maior parte dos fornecedores está vindo de outros locais. Mesmo assim, aquece o mercado.
E o que dizer do andamento da economia brasileira neste ano?
Existia uma grande expectativa em relação à Copa do Mundo, que aqueceria a economia. Para nós, especificamente, este período foi terrível porque foi improdutivo. Também tivemos eleições em 2014, que mexe bastante com o ano. A gente tinha expectativa por mudança, que acabou não acontecendo. Isto desmotivou, em um primeiro momento, mas depois todos viram que, independentemente de quem ganhasse, todos precisavam continuar trabalhando, gerando emprego e recolhendo impostos. Já estamos vendo medidas do governo estadual e uma expectativa quanto ao governo federal para o aumento de impostos. Isto vai impactar a economia em 2015. Não sei qual o saldo disto, mas vejo com preocupação.
Qual a sua mensagem aos associados para o ano que vem?
Não podemos nos preocupar apenas com os nossos governantes. Devemos nos preocupar com a união do nosso setor. O sindicato pode ajudar as empresas e faz a defesa do setor, buscando a redução de impostos, por exemplo. Juntos, temos mais força. O sucesso de tudo é o trabalho, juntamente com honestidade e produzir com qualidade.