SINDEMON

Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Usada para conter inflação, siderurgia foi a pioneira

09 de outubro de 2011

Desde a privatização, investimento cresceu 1.400%. Governo acreditava que oposição seria mais amena

Danielle Nogueira

O setor siderúrgico foi escolhido para ser o primeiro a ter o selo da privatização basicamente por duas razões. Primeiro, porque acreditava-se que seria mais palatável para a população. Seria mais fácil mexer na estrutura produtiva do aço do que com serviços públicos, como energia e telefonia, tão presentes no cotidiano dos brasileiros. Além disso, as empresas reunidas sob o guarda-chuva da antiga Siderbrás dava sinais claros de serem insustentáveis.

- Como o aço está no início da cadeia produtiva, o governo usava as estatais para comprimir preços e, assim, não apenas conter o avanço da inflação como também alavancar a indústria metal-mecânica - diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (IABr).

Os números mostram que a decisão de privatizar o setor surtiu efeito sobre a rentabilidade das empresas. Entre 1991 - quando a Usiminas foi vendida, inaugurando o Programa Nacional de Desestatização - a 2010, o faturamento do setor cresceu em 300%, para US$36,3 bilhões. E o investimento saltou 1.400% no período, para US$4,5 bilhões. O ritmo das contratações, porém, foi bem mais lento: o número de empregados diretos cresceu apenas 13,2% no período para 142 mil, fruto da maior mecanização dos processos e da concentração do setor.

Vale entrou na Usiminas para recuperar dívidas

Diferentemente da maior parte das siderúrgicas, a Usiminas era lucrativa em 1991, o que explica o fato de ela ter liderado a lista das privatizações. Afinal, era preciso atrair investidores. Ironicamente, um dos integrantes do consórcio vencedor foi a Vale, quando ainda era estatal.

- As siderúrgicas tinham uma dívida de mais de US$500 milhões com a Vale, de quem compravam minério de ferro. A mineradora viu na privatização sua chance de se tornar sócia dessas empresas e recuperar esse dinheiro. O governo permitiu desde que ela ficasse fora do grupo de controle - revela Wilson Brumer, que presidia a Vale no ano em que a Usiminas foi leiloada e hoje está à frente da siderúrgica mineira.

 

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Fiep chega a 100 sindicatos filiadosVale começa a testar tecnologia brasileira