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A reunião da Rota Estratégica de Metalmecânica apontou a concorrência com a China e a carga tributária como as maiores ameaças para as empresas paranaenses. O encontro entre a diretoria da Fiep e os empresários paranaenses do setor de metalmecânica também serviu de fórum para apontar oportunidades e ações a serem tomadas para minimizar os efeitos da competição desleal e dos impostos.
A Rota Estratégica de Metalmecânica é conduzida pelos Observatórios Sesi/Senai/IEL. Iniciado em 2009, o processo tem por objetivo aproximar as indústrias e parceiros para que se mobilizem frente ao futuro e tornem realidade as visões almejadas para o setor. O encontro teve a presença do então presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, e do vice-presidente da Fiep Carlos Walter.
Durante a reunião, foi feita uma retrospectiva das etapas desde o início do projeto e, por meio de diálogo com os empresários, sugeridas ações em prol da competitividade do setor. Ao abrir o encontro, Rocha Loures discorreu sobre o processo de alteração prevista para a economia mundial por conta do desenvolvimento tecnológico e do crescimento em competência industrial da China. "Esse desenvolvimento se dá em tal magnitude, que o jogo competitivo habitual não nos permitirá sobreviver como protagonistas", afirmou ele.
Os empresários também reforçaram a dificuldade na concorrência interna com produtos chineses. "A carga tributária também é uma grande reclamação do empresariado deste setor", afirma Jerri Adriani Chequin, economista do departamento de Coordenação de Desenvolvimento da Fiep.
Durante a conversa, foram apresentados caminhos e oportunidades aos empresários. As áreas de alimento (agronegócio) e de minerais são as que o Brasil poderá ter mais vantagens comparativas nos próximos anos. "Essa é uma informação importante para o setor metalmecânico direcionar seus esforços", disse Rocha Loures.
A questão ambiental é outro fator a ser considerado. A pretensão do Governo brasileiro é fazer do País o primeiro a migrar para a economia verde, que envolve eficiência energética, redução da poluição, sem riscos ambientais, sem demanda sobre os recursos naturais, entre outros aspectos. "Isso seria uma grande oportunidade de diferencial para o Brasil, já que a China está na lógica da economia comercial", disse Rocha Loures.