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Apostas de mais longo prazo da companhia estão em indústrias como a de segurança e defesa, com parceria com a EADS, de etanol e petróleo e gás
A conquista de quatro contratos de construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo de 2014 foi comemorada pela Odebrecht, no ano passado. Mas o segmento de arenas não é visto como promissor pelo grupo. Ao menos não no cenário atual, diz Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente de infraestrutura da Odebrecht Engenharia e Construção. "Existe um fator que pode mudar a equação, que é a entrada em jogo dos naming rights (direito dado ao patrocinador de escolher o nome do estádio)", afirma.
Hoje, no Brasil, são raras as empresas dispostas a pagar milhões para ter o nome associado ao estádio de um grande clube porque as emissoras de TV que transmitem os jogos têm por política ignorar o patrocinador.
Nos Estados Unidos, acordos de naming rights como o fechado pela MetLife com o New York Giants e o New York Jets alcançam a cifra de US$ 400 milhões.
Por ora, porém, as apostas de longo prazo da Odebrecht estão em áreas que parecem ter um futuro bem mais previsível, como segurança e defesa, energias renováveis e petróleo e gás.
No primeiro caso, é certo o aumento da preocupação com questões relativas a controle de fronteiras, tráfico de drogas e crime organizado. Para explorar este mercado, a companhia firmou no ano passado uma joint venture com a europeia EADS, que atua nas indústria aeroespacial, de defesa e segurança.
No segundo, atua através da ETH, uma das principais produtoras de etanol do país. No início de 2010, a companhia comprou a Brenco e deu um passo importante em direção a liderança do setor. Investiu mais R$ 1,6 bilhão e terminou o ano com receita de R$ 915 milhões.
Em paralelo, três de suas usinas começaram a entregar energia elétrica gerada a partir da queima de bagaço de cana.O potencial de cada uma delas é suficiente para abastecer um cidade de 600 mil habitantes.
Por fim, na área de petróleo e gás, a receita ainda é tímida - R$ 156 milhões. Mas o futuro, como pré-sal, soa promissor. Entre os serviços que companhia presta estão a manutenção industrial de plataformas de petróleo em alto mar e o afretamento de sondas de perfuração.
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Grupo adquiriu através da ETH o controle da rival Brenco e investiu R$ 1,6 bilhões para expandir a produção de etanol, só no ano passado.