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A indústria naval brasileira já ocupou posição de destaque no cenário mundial do setor. Nos anos 1970, figurava como o segundo maior produtor no ranking, tendo declinado nas décadas seguintes até beirar a estagnação.
Quase quatro décadas depois, a descoberta da camada do pré-sal deu novo fôlego ao setor naval e o País voltou a produzir em seus estaleiros. Somente a Petrobras, um dos mais importantes agentes do setor petrolífero do mundo, anunciou a encomenda de 230 embarcações de 2008 a 2017, com total prioridade à indústria nacional.
O mercado logo respondeu à demanda: em 2009, o Brasil já contava com cerca de 30 estaleiros grandes e médios e a quinta maior carteira de encomendas do mundo. O número de vagas na indústria disparou e chega a aproximadamente 50 mil postos de trabalho. Em 2000, eram menos de 200 empregados.
Outra prova do renascimento do setor foi dada em 2010, quando, após 23 anos sem construir embarcações de grande porte, o Brasil lançou um navio predominantemente nacional, com capacidade de transporte de até um milhão de barris de petróleo.
Como estímulo à iniciativa privada, o BNDES estima investimentos de R$ 55 bilhões na indústria naval e de apoio à exploração marítima de petróleo de 2010 em diante. Serão contratados 146 barcos de apoio à exploração e produção marítima de petróleo até 2014, com investimentos de US$ 5 bilhões. Nos editais haverá exigência de conteúdo nacional de peças e equipamentos de 80%.
O aquecimento do setor gerou a necessidade de impulsionar a oferta local de bens e serviços. Atentas a esta carência, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) lançaram um catálogo informatizado de navipeças, com o objetivo de estimular a participação de fornecedores não tradicionais ligados a segmentos como siderurgia e automação.
O Catálogo Navipeças foi apresentado pela Fiep aos empresários paranaenses no final de 2009. A inclusão no Catálogo é bastante simples. As empresas interessadas se cadastram gratuitamente no portal e enviam a documentação para análise dos aspectos técnicos e jurídicos pela Comissão de Avaliação de Empresas (CAE). Em caso de aprovação, a empresa passa a figurar no Catálogo Navipeças, apresentando seus bens e serviços.
Outra vantagem do cadastrado é a possibilidade de a companhia ser vista no exterior. Entre os potenciais compradores estão estaleiros localizados em países da América do Sul, como na Argentina e Uruguai.
Dúvidas ou outras informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3901-1885 ou pelo e-mail: jerri.chequin@sesipr.org.br. Clique aqui para conhecer o site do Catálogo Navipeças.