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Um novo material que tende a revolucionar a construção civil nas próximas décadas. Trata-se do concreto têxtil ou, como é chamado no exterior, textile-concrete. O concreto têxtil é resultado de pesquisas sobre reforços estruturais do concreto armado, desencadeadas em todo o mundo.
O material, desenvolvido primeiramente na Alemanha, em 2009, é uma rede formada por polímeros, fibras de carbono, vidro e resinas epóxi, capaz de substituir as armaduras de aço que há quase 200 anos compõem as estruturas de concreto armado. Tem uma configuração semelhante aos tecidos, por isso o nome concreto têxtil.
O concreto têxtil foi desenvolvido inicialmente dentro dos laboratórios da Universidade Técnica de
Dresden, em parceria com o Instituto de Pesquisa Têxtil Saxon (STFI), localizado em Chemnitz. Na apresentação
dos estudos, os pesquisadores definiram o textile-concrete como o concreto armado do futuro.
Na Alemanha, o concreto
têxtil derivou do carboconcrete. O material se apresentou tão forte quanto as armaduras de aço, mas com
25% do peso do concreto armado e com maior durabilidade. Além disso, em contraste com os componentes do aço
das armaduras convencionais, o concreto têxtil não oxida, o que o torna extremamente eficiente em estruturas
que tenham que ficar em contato com a água. Outra vantagem é que ele permite construir peças pré-fabricadas
com 10 milímetros de espessura e resistência à tração de até 165 Mpa.
Inauguração
A primeira aplicação prática do concreto têxtil
está exposta na cidade de Albstadt, na Alemanha. É uma passarela com 100 metros de comprimento, inaugurada no
final de 2010, e que impressiona por suas linhas.
No Brasil, na cidade de Porto Alegre, obras semelhantes devem ser construídas. O objetivo é viabilizar duas passarelas dentro do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), melhorando acessos às paradas de ônibus. Em abril de 2015, a universidade trouxe uma delegação de outra empresa alemã que desenvolve concreto têxtil - a Solidian -, para a implantação do projeto e a produção do material nos laboratórios do departamento de engenharia civil da UFRGS.
Na universidade gaúcha, a pesquisa sobre concreto têxtil está a cargo do LEME (Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais). Dois engenheiros da Solidian, Christian Kulas e Roland Karle, já estiveram na UFRGS para ministrar palestras sobre o material e firmar convênios para o desenvolvimento de projetos no Brasil.
Com informações da UFRGS