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Em entrevista ao Boletim da Indústria, a presidente do SINDCCON NORTE, Carmen Lúcia Izquierdo Martins, destaca as principais ações do sindicato em 2015. Fala ainda sobre como a crise econômica brasileira afeta o setor de concreto e quais são as expectativas para 2016. Confira a entrevista.
Boletim da Indústria - Quais foram as principais ações do sindicato em 2015 que merecem ser lembradas aos associados?
Carmen Lúcia Izquierdo Martins - No mês de maio, o sindicato firmou parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR). O SINDCCON NORTE elaborou uma proposta para definir a base de cálculo referente ao valor do projeto de execução das lajes pré-fabricadas para que as indústrias possam realizar o recolhimento correto das ARTs múltiplas, referentes à execução do serviço. A proposta prevê que o projeto de execução de laje represente 5% do valor total do produto comercializado. A parceria é fruto do desejo mútuo de primar pela qualidade e segurança dos produtos fabricados pelas indústrias de concreto por meio da utilização correta das técnicas de engenharia.
No mês de julho, o SINDCCON NORTE fechou a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os colaboradores tiveram um aumento salarial de 8,76%. A CCT também fixou pisos salariais. Os ajudantes ou auxiliares devem receber R$ 1.058,20; os meio profissionais vão ganhar R$ 1.216, 60; os profissionais vão receber R$ 1.438,80; o salário dos encarregados de setor será de R$ 1.608,20; e a remuneração dos encarregados gerais chega a R$ 2.156. As cestas de alimentos básicos, ticket refeição, vale mercado, cartão eletrônico ou vale compras deve ser fornecido mensalmente a cada trabalhador, no valor mínimo de R$ 390.
Em 2015, como a senhora avalia a produção do setor no Paraná, em relação ao Brasil e ao mundo?
A produção não caiu, mas registramos queda na lucratividade e mudanças na forma de vendas, como aumento de crediário. Também notamos um aumentou na inadimplência. Acredito que 2015 será um ano para esquecer. Quem passou, passou com a corda no pescoço. Além da crise, os industriais enfrentaram a diminuição da oferta de crédito e o aumento dos juros. O governo não oferece incentivo para investimentos ou para capital de giro.
O ano de 2015 foi atípico para a indústria em razão da crise. Qual o balanço do ano?
Qual a expectativa para o setor em 2016?
O balanço do ano foi negativo, tivemos demissões em massa nas indústrias e cortes de crédito. Esperamos que a economia melhore em 2016, mas acredito que isso acontecerá apenas depois de julho. Se os governos federal e estadual não mexerem na política tributária, o setor irá enfrentar desemprego. No ano que vem, mais do que nunca, precisamos ficar dentro das nossas indústrias, de olho nos processos de produção e focar na economia e na qualidade, para enfrentar a crise.