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Luciana Seabra
Conhecido pela criação da marca iBest, entre outras iniciativas pioneiras na internet, Marcos Wettreich agora quer usar o mundo virtual para vender materiais de construção. Em setembro ele lança o site Greenforma. Para figurar por lá, entretanto, não basta que o produto ajude a erguer paredes, é preciso ser menos agressivo ao ambiente do que os usuais. Os 2 mil a 3 mil itens vendidos deverão ter pelo menos um entre 17 selos sustentáveis, com atributos como reciclado, reciclável, atóxico ou biodegradável.
O Greenforma é o mais recente projeto da Greenvana, companhia criada por Wettreich em novembro do ano passado que serve de guarda-chuva aos seus projetos de sustentabilidade. Em julho, o Banco Santander comprou uma participação minoritária no negócio, que atua em várias frentes. Uma delas é a loja virtual Greenstore, que vende de roupas a eletrônicos verdes, como carregadores para celulares movidos a energia solar.
A empresa, que nasceu com 15 funcionários e hoje tem 60, também criou a revista virtual Greenvana Style, o site de busca Greengle, a enciclopédia on-line Greenpédia e o prêmio GreenBest.
O Greenforma é o maior projeto dessa investida. O setor de construção civil não foi escolhido por acaso. Só o cimento é responsável por 5% da emissão de gás carbônico para a atmosfera. Além disso, a maioria dos fornos do Brasil é de empresas informais, que desmatam grandes áreas para usar a lenha, afirma a arquiteta Viviane Cunha, diretora técnica do Greenforma.
Além de vender o cimento sustentável, o novo site vai oferecer tijolos que dependem menos do material, já que encaixam como peças de Lego. A ideia é oferecer insumos para construir edifícios comerciais e residenciais, da fundação ao acabamento.
O banco Santander vai entrar com o crédito. O cliente paga as prestações com a redução de custo que vai ter, diz Wettreich, em referência a produtos que, apesar de mais caros, têm maior vida útil ou são mais eficientes no consumo de água e energia.
A Greenvana calcula que os produtos sustentáveis sejam de 7% a 10% mais caros do que os tradicionais. Wettreich promete bons preços. Estamos dispostos a trabalhar com margens menores para que possamos ser catalisadores desse mercado.
Entre as 200 empresas parceiras, estão pequenos fornecedores, mas também grandes companhias. Em meio às marcas já confirmadas estão Suvinil, Coral, Eternit, Tramontina, Deca, Philips e Amanco.
Wettreich não esconde que, além dos ideais ambientais, a Greenvana é um negócio. O lucro poderia vir em dois anos, segundo ele, mas o dinheiro deve ser investido em novos projetos. Duas outras iniciativas sustentáveis já estão a caminho.