SINDCCON

Sindicato das Indústrias de Pré-moldados de Concreto e Artefatos de Cimento do Norte do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Falta ao país uma legislação sobre construção sustentável

30 de junho de 2011

 

Poucas normas estabelecidas pelos 12 estados e capitais-sedes da Copa e Olimpíada são seguidas na construção e reformadas obras para os dois eventos

Apesar de leis esparsas e pontuais, o Brasil ainda não tem uma legislação federal uniforme e bem resolvida sobre o uso de normas de sustentabilidade na construção, nem mesmo para os empreendimentos governamentais, queixa-se Luiz Antônio Messias, diretor da empreiteira EME Engenharia e vice-presidente da área de obras públicas do Sindicato da Indústria da Construção - Sinduscon.

Na falta desta, as empreiteiras responsáveis por obras públicas seguem as poucas leis municipais e estaduais existentes. Ainda que com pequenas variações elas são diferentes entre si.

O uso de madeira legal (certificada) e a geração, destino e reutilização dos resíduos sólidos - quando recicláveis - são praticamente as duas únicas exigências comuns feitas hoje em todo o país pelos estados e municípios.

São essas poucas normas estabelecidas por cada um dos 12 estados e capitais-sedes da Copa do Mundo em 2014 - e as do Rio de Janeiro, no caso da Olimpíada de 2016 - que são seguidas na construção e reforma das obras para os dois eventos.

Messias é outro representante do setor a reconhecer que elas estão atrasadas e a reitera que há condições de concluí- las nos prazos necessários.

"Recursos e capacidade (de fazê-las) o país tem. Ainda há tempo para tirar o atraso. E o conseguiremos com gestão eficiente e desde que o TCU não continue paralisando tudo. Mas, se não tirar esse tipo de gargalo, fico preocupado", critica o especialista.

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem se constituído em um entrave para maior agilização das obras públicas.Um dos erros cometidos pelo Tribunal, acredita o executivo, foi pegar o Sistema Nacional de Preços (Sinap) constante da Lei de Diretrizes Orçamentárias da União e originalmente previsto para algumas obras, e aplicá-lo em todas.

Com a decisão, o Tribunal determinou, por exemplo, o preço a ser pago pelo empreiteiro da obra pública por um caminhão de terra. Entre os itens para o cálculo o TCU considera o custo da terra, tempo de deslocamento do caminhão, quilometragem e velocidade média. Estabeleceu, então, que esse caminhão circula no país a velocidade média de 70 km/hora quando, em São Paulo, ele circula à média de 15 km/hora.

"Quando enquadraram todo tipo de obra no Sinap, com uma tabela de preços única para o país, o Sistema virou um Frankestein", constata Messias.

Ao lado do TCU, outro gargalo vivido pela construção pública no Brasil é o despreparo da mão de obra do setor - o mesmo, aliás, enfrentado pela construção civil imobiliária. "Nessa situação de quase pleno emprego vivida pelo país nós não conseguimos tirar mão de obra da indústria para a construção. Tentamos contornar com uma tentativa de capacitação de mão de obra para o setor público e com a absorção de mão de obra feminina. Não podemos dispor desta em obras pesadas, mas estamos absorvendo em edificações, na construção de escolas, hospitais e nas do Minha Casa, Minha Vida", detalha Messias.

São entraves dessa ordem que o país precisar eliminar para acelerar e colocar essas obras em dia. E não abandonar exigências da sustentabilidade, porque estas são poucas e já constam dos contratos.

"Elas não aumentam tanto o custo da obra pública e o empreiteiro que as abandonasse estaria dando um tiro no pé".

O fato é que hoje elas são seguidas também pelos fornecedores de obras governamentais, como, por exemplo, as relativas à pavimentação pública. "Nesse caso, a situação é facilitada porque a Petrobras é a única fornecedora do concreto betuminoso e ela já o produz e fornece dentro dessas normas", afirma Messias.

....................

"Ainda há tempo para tirar o atraso. E o conseguiremos com gestão eficiente e desde que o TCU não continue paralisando tudo. Mas, se não tirar esse tipo de gargalo, fico preocupado"

Luiz Antonio Messias, Vice-presidente da área de obras públicas do Sindicato da Indústria da Construção

..........................

 

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    R$ 5 bilhões vão para o ralo todo anoFalta de mão de obra faz salário subir 35%