Mensagem do Presidente

Presidente do Sincabima, Rommel Barion, comenta sobre os desafios da Indústria 4.0 no atual cenário econômico no Brasil e no mundo e fala sobre os aspectos que deverão ser pensados em relação a este futuro

clique para ampliarRommel Barion, presidente do Sincabima (Foto: Divulgação)

Estimado(a) Associado(a),

Indústria 4.0

Lendo um artigo dos renomados Paulo José Whitaker Wolf, mestre em economia pelo IE/Unicamp e doutorando na mesma instituição, e Giuliano Contento de Oliveira, professor do Instituto de Economia da Unicamp - convidados do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais/GR-RI -, deparei-me com esse intrigante tema.

Nesse momento, no qual ainda não foram superados os desafios como elevados níveis de miséria, pobreza e desigualdades, são frequentes os conflitos intranacionais e internacionais com grande capacidade destrutiva e também a rápida degradação dos recursos do planeta, resultados esses gerados em última instância pela busca incessante pela acumulação da riqueza em um ambiente de acirrada concorrência em escala global.

Os efeitos da crise política, econômica e social iniciada em 2008 ainda não foram superadas, além das graves questões humanitárias, destacando o número de refugiados que deixam o Oriente Médio e também fenômenos naturais mais destrutivos e frequentes.

O que esperar na Indústria 4.0 ou a chamada Quarta Revolução Industrial? A Indústria 4.0 representa uma descontinuidade do modelo vigente até hoje. Trabalharemos na fronteira da ciência, como a convergência entre info, nano, bio e neuro-cogno tecnologias, que possuem aplicação em praticamente todas as áreas do conhecimento, como a química, a física, a biologia, a medicina, a engenharia e a computação, etc.

No nosso país, a oferta de empregos será para aqueles de maior qualificação, que encontrarão oportunidades de maiores salários e maior estabilidade enquanto os demais não encontrarão trabalho ou se restringirão às ocupações de menor remuneração e maior flexibilidade, como os empregos temporários e em tempo parcial.

Sempre gostei de “revolução”, pois mexe com tudo a sua volta e nos tira da zona de conforto. Mas, se o sistema for abandonado a sua própria sorte, os ricos se tornarão mais ricos, e os pobres mais pobres.

Nesse contexto, o Brasil deve manter-se atento, sobretudo nesse momento de grave crise econômica, política e financeira. É preciso mecanismos de controle por parte da sociedade civil organizada. Controlar o poder, lutar contra manipulação, desmandos, mentiras e malfeitos.

Esse é um tema apaixonante e desafiante. Cada vez mais, fica reforçado o conceito de associativismo para fazermos frente aos grandes desafios que teremos em um futuro próximo. Voltaremos ao assunto logo.

Forte abraço,

Rommel Barion

Presidente do Sincabima