Brigadeiro de gente grande

09 de dezembro de 2011

Genuinamente brasileiro, o brigadeiro não é doce só de criança. Deixou de ser coadjuvante em festas infantis para, por meio de profissionais especializados, incorporar sabores especiais. A novidade está nos ingredientes usados, entre eles vinho do Porto, damasco, capim santo, amora, pistache, doce de leite, limão siciliano, coco, avelã, paçoca, pé de moleque, tudo misturado a chocolates nobres, como o belga.

A recém-inaugurada Joaquina Gourmet, no ParkShopping, explora criações que vão do chocolate meio amargo com vinho do Porto ao de caramelo com pé de moleque, duas das 24 variedades existentes. O tradicional escuro, de chocolate ao leite, é o campeão de vendas, ao lado do meio amargo. As com chocolate branco, que podem ser envolvidas em pistache, coco branco, e avelã, também têm boa saída. Pode ser vendido em panelinhas de 100g, pequenos potes de vidro e até em bisnagas, além da tradicional bolinha, que sai a R$ 4.

Os segredos de Isabela Oliveira estão no chocolate belga Callebaut e na receita, pesquisada e testada após um curso de gastronomia em Londres. "O que faz a diferença são ingredientes de qualidade, como o chocolate, as castanhas e as bebidas, por exemplo", diz a chef.

Na loja virtual Boutique do Brigadeiro, o difícil é decidir entre os 28 tipos que Rúbia Guimarães produz artesanalmente. Ela recomenda dois de receita própria: o Dark Laranja, feito com cacau 70%, Cointreau e pedaços de doce de casca de laranja; e o Quentão, com cravo, canela, gengibre, cachaça e açúcar aromatizado com limão. A venda é feita em caixas, que contêm de 15 a 100 unidades, por R$ 2 cada uma. Outra especialidade são as Verrines, sobremesas de brigadeiro para comer com colher, maçãs do amor e minitarteletes recheadas com o doce.

Para encomendas, Rúbia vai à casa do cliente com hora marcada e desvenda o segredo do negócio: "Creio que é a forma de fazer e, sem dúvida, a qualidade e a quantidade de chocolate em cada receita. O resultado é um brigadeiro macio e não enjoativo", ensina ela, que utiliza chocolates com variações entre 32% e 70% de cacau.

Já no site Mãe e Filha, que vende os doces produzidos por Cristina Nasser e pela filha Marcella Pinho, é possível encontrar o de capim santo e o de chocolate branco com amoras, especialmente para o Natal. No total, são 15 combinações com chocolate belga, decorados com temas natalinos compostos por pasta americana e açúcar. São vendidos em potinhos, que custam, em média, R$ 6. O de Nutella e o de Leite Ninho também têm uma boa saída. "O nosso brigadeiro branco e o de canela com mel fazem muito sucesso", garante Marcella, que vendia o docinho na escola e se uniu à mãe para iniciar a empresa.

O de damasco e o de Ovomaltine são a sensação da O Brigadeiro, que trabalha a partir de encomenda mínima de 25 unidades, por telefone. Entre escuros e brancos, são nove sabores, incluindo paçoca, castanha do Pará, Cappuccino e nozes. A unidade sai a R$ 1,50. A chef Danielle Einsfeld usa e abusa do leite condensado e do chocolate nacional. "Como gosto de inventar algumas receitas, percebi que não existia mercado para esse tipo de produto gourmet, então, resolvi fabricá-los", explica Danielle.