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A continuidade na queda da produção de mandioca em 2016 deve impulsionar os preços dos derivados (fécula e farinha), principalmente no segundo semestre, quando a colheita entra na fase final. A previsão é Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
A defasagem nos preços desestimulou os produtores de mandioca no ano passado. A estimativa da safra 2015, divulgada em janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), confirma a queda de 2,1% (488 mil toneladas) na produção de mandioca, para 22,8 milhões de toneladas em relação ao ano anterior.
O Paraná, responsável por mais de 70% da produção nacional de fécula e também importante produtor de farinha, semeou, na safra atual, apenas 128 mil hectares de mandioca, considerada a menor dos últimos anos.
Por essa razão, o Deral prevê uma disputa mais acentuada pela matéria-prima entre as fecularias e as farinheiras neste ano, o que pode resultar na elevação dos preços e a volta às importações de fécula de outros países.
Histórico
Após um longo período de bons preços, que durou aproximadamente oito anos, a cadeia produtiva da mandioca enfrentou uma crise sem precedentes em 2015. A situação foi provocada pelo aumento da produção a partir de 2013, quando os preços excelentes estimularam o plantio pelos produtores tradicionais e atraíram os “aventureiros”. Além disso, as condições climáticas também favoreceram a produção na região Nordeste do país.
O Deral pontua que, além da baixa rentabilidade do setor, existem outros fatores que influenciaram na redução da área cultivada de mandioca, como as dificuldades de acesso ao crédito de custeio e o cenário favorável para outras atividades agropecuárias, em especial a soja e o milho.