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Os recentes aumentos nos custos da energia elétrica têm preocupado todos os setores industriais. No entanto, eles se tornam ainda mais graves nos casos de segmentos que já estão trabalhando com baixa lucratividade e custos elevados, como é o caso da indústria da mandioca.
De acordo com levantamento do Departamento Econômico da Fiep, desde junho de 2014, quando foi aplicado o último reajuste regular da Copel, o peso da energia elétrica sobre os custos totais das indústrias do estado dobrou. No início deste ano, outros dois aumentos extraordinários foram aplicados. Diante disto, enquanto no primeiro semestre do ano passado a eletricidade representava em média 1,4% do total das despesas da indústria, levando em conta 24 segmentos, hoje esse percentual é de 2,79%. Ainda para junho, há previsão de que novo aumento ocorra.
“O aumento que já aconteceu e o que ainda está para acontecer são um absurdo. O custo da energia está fora da realidade e é reflexo de descuidos deste governo e de governos anteriores, que afetam a indústria e o consumo”, destacou o presidente do SIMP, Roland Schurt.
“O preço da energia baixou antes da eleição e agora está subindo de forma impressionante. A indústria não estava preparada para um aumento neste nível e principalmente no nosso setor, que já estava bem complicado. Por um lado, a economia está em uma situação muito crítica, os produtores de mandioca estão recebendo muito pouco pela raiz e ameaçam greve para forçar a elevação dos preços. Por outro, a indústria de fécula está trabalhando com um lucro baixíssimo, quase proibitivo e esse aumento no custo de energia torna a situação praticamente impossível”, declarou.
O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, também condena os aumentos e tem convocado discussões para debater o assunto. “Esse é um peso muito grande nas planilhas de custos das empresas, o que tira a nossa competitividade, criando dificuldades inclusive no mercado interno, principalmente na concorrência com produtos importados”, destacou.
Em busca de informações e esclarecimentos quanto aos aumentos, a Fiep convidou para participar de sua reunião de diretoria, realizada em 17 de março, os presidentes da Itaipu Binacional, Jorge Samek, e da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe, que prestaram esclarecimentos e responderam dúvidas dos industriais.
De acordo com a Agência Fiep, durante a reunião, enquanto Samek se mostrou mais otimista, especialmente em relação à recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas, Daleffe disse não ver, em curto prazo, perspectivas para uma redução nas tarifas, devido à necessidade de recomposição de fundos utilizados para socorrer as empresas do setor.