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O governador Beto Richa, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Jonel Yurk, e o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, assinaram no dia 10 de dezembro os termos de compromisso de 11 setores da economia paranaense com a Logística Reversa. A medida visa adequar o setor produtivo do Estado para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada pelo Congresso Nacional em 2010, que institui a obrigatoriedade da Logística Reversa, ou seja, o caminho contrário que o produto faz após o seu consumo, passando por toda cadeia produtiva, voltando até o fabricante, que lhe dará a destinação final ambientalmente correta.
No Paraná, esta regulamentação é conduzida pela Sema, que lançou este ano um edital convocando a indústria do Estado a se comprometer com esta prática. O processo envolve também o comércio, importadores e os consumidores.
Para articular a participação do setor produtivo e orientar as indústrias a se adequarem à Logística Reversa, a Fiep realizou diversas ações, como a criação de um Comitê de Logística Reversa para discutir a prática dentro da Federação e a realização de uma videoconferência transmitida para todas as regiões do Estado, para tirar dúvidas dos sindicatos do interior sobre esta legislação.
As entidades que assinaram o termo de compromisso com a Sema devem iniciar a elaboração de planos setoriais no primeiro semestre de 2013. Elas terão 60 dias para se adequar às propostas e mais 180 dias para implantá-las. Para facilitar a construção destas propostas, a Fiep organizou a indústria paranaense em 18 cadeias produtivas. As propostas serão construídas dentro de cada cadeia, prevendo a participação de todos os atores envolvidos.
O presidente do Simp, Hélio Minoru, explica que o sindicato está realizando reuniões com os empresários do setor para prestar esclarecimentos com relação ao tema. “É uma questão relativamente nova para nós e precisamos de pessoas experientes para sanar as dúvidas existentes”, afirma.
Desafios - Entre os sindicatos filiados à Fiep que se comprometeram a elaborar propostas para a logística reversa de seus produtos, boa parte está em fase inicial de estudos sobre a melhor maneira de executar o processo. É o caso do Sincabima. O presidente da entidade, Rommel Barion, explica que o setor possui um grande potencial para reciclagem de suas embalagens. “Nossas indústrias têm diversos tipos de embalagem, seja de papel, plástico, alumínio, vidro ou outros materiais, que são aproveitadas para reciclagem quando recolhidas”, afirmou. “Hoje não temos um programa de recolhimento dessas embalagens, mas vamos encontrar soluções para fazer isso de maneira eficiente”, acrescentou.
Segundo Barion, uma dificuldade a ser enfrentada pelas empresas do setor é o recolhimento dos resíduos em outros estados do País. “O Sincabima tem em sua base 640 indústrias espalhadas pelo Paraná, muitas delas vendendo seus produtos para todo o Brasil. Recolher essas embalagens em outros estados é um desafio que teremos que enfrentar”, explicou.