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A aquisição de maquinário para melhoria e aumento de produção é mais um fator que contribui para a perda de produtividade da agricultura brasileira em relação a outros mercados. Comparativo mostra que o preço das máquinas brasileiras está entre os mais altos do mundo e o principal vilão é o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que incide sobre a cadeia, fazendo com que peças e componentes tenham valor mais elevado.
"O alto custo de maquinário impede, muitas vezes, que o agricultor aumente sua produção. Além disso, máquinas mais baratas também permitiriam uma renovação mais frequente da frota. O retorno para o agricultor se daria pelo menor custo de produção, o que poderia até se refletir em alimentos mais baratos", afirma o presidente suplente do Simp, João Eduardo Pasquini.
Peso dos tributos compensa importar - No Brasil, cerca de 16% do preço das máquinas é composto por impostos (ICMS, PIS e Cofins). Já nos Estados Unidos, esse índice é de apenas 8%. "O Brasil possui maquinário de ponta, que não deve nada à tecnologia empregada em outros países, mas o custo dificulta o acesso", ressalta Pasquini.
Como exemplo, há o caso do trator Magnum, que é fabricado em Curitiba com a mesma tecnologia americana. Mas a diferença de preço é tanta que a máquina importada chega ao Brasil com custo menor do que a produzida na capital.
O país possui frota de um milhão de unidades de máquinas agrícolas. No Brasil, os tratores são os líderes em comercialização, apesar de as vendas terem experimentado queda de 8% em 2011. Nos últimos cinco anos foram vendidos 229 mil unidades.
A alta carga de impostos também afeta as exportações de máquinas. Segundo números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a setembro deste ano houve queda de 11%. Este ano foram embarcadas 12,1 mil unidades, número que no mesmo período do ano passado somou 13,5 mil unidades.