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A forte seca que atingiu a região Nordeste este ano trouxe como consequência uma elevação da demanda pela raiz da mandioca e seus derivados e aumento nos preços dos produtos do Paraná. E a tendência deve se manter pelos próximos oito meses, segundo o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Methodio Groxko, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab).
De janeiro a outubro deste ano, a raiz de mandioca teve um aumento de 24% no preço, passando de R$ 228 a tonelada para R$ 283. Já a saca de 25 quilos da fécula passou de R$ 30 para R$ 39, um incremento de 30%. No caso da farinha, o aumento foi ainda mais expressivo, de 40%, passando a saca de 50 quilos de R$ 48 para R$ 67. "Como a mandioca é considerada uma cultura de plantio longo, ou seja, a colheita inicia-se de seis a oito meses após o plantio, mesmo com a recuperação das lavouras do Nordeste o preço deve continuar no patamar em que se encontra", afirma Groxko.
Plantio - A área plantada no Paraná mantém-se estabilizada em 175/180 mil hectares, tendência observada nos últimos quatro anos. "A área nunca esteve por tanto tempo estável. Isso se deve principalmente à falta de mão de obra e à grande valorização dos grãos de milho, soja e também da cana-de-açúcar, que estão freando a expansão". Mas o técnico do Deral aponta que, em compensação, o mercado também está estável e o produtor pode contar com preços mais ajustados.
No Paraná, na safra 2011/2012 foram plantados 178 mil hectares com produção de quatro milhões de toneladas. Já na safra atual, 2012/2013, a área plantada é de 175 mil hectares, com produção estimada em 3.850 milhões de toneladas.