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O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) apresentou duas novas variedades de mandioca durante o 9º Dia de Campo da Mandioca, em Marechal Cândido Rondon. O desenvolvimento da IPR União e IPR Upira é resultado da parceria entro o Instituto, a Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná (Atimop) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A primeira variedade confere mais rentabilidade ao produtor, enquanto a IPR Upira é resistente a pragas e tem cozimento mais rápido.
A apresentação foi feita pelo pesquisador do Iapar, Mário Takahashi. Ele afirma que a IPR União produz em torno de 20% mais amido do que a média das outras variedades, o que pode representar ganhos na comercialização de até 30%. A linhagem dessa variedade é considerada tardia, porque o ideal é que seja colhida entre 15 e 24 meses após o plantio. "Como o mais importante é o teor de amido, ela cumpre bem o seu papel", considera. A IPR União combina com clima seco e solo arenoso, é voltada para a indústria por ser ideal para a produção de farinha e fécula de mandioca.
Valor agregado - Outro lançamento é a IPR Upira, nome indígena que significa alimento.
A versão é mais resistente a pragas, como a mosca do broto. Essa espécie leva em torno de 20 minutos
para cozinhar, enquanto a média é de meia hora. Outra diferença é o sabor, mais adocicado, e de
consistência firme. Se frita, a mandioca fica mais sequinha e crocante. A raiz tem um tom amarelado porque contém
mais betacaroteno.
O agricultor poderá colher a mandioca Upira um ano após o plantio, quando a maioria
dos produtores já colheu e vendeu a produção. "Isso pode possibilitar preços melhores na comercialização,
já que a oferta do produto será bem menor", diz o pesquisador. As duas linhagens ainda estão em fase
de registro no Ministério da Agricultura. A expectativa é que até o fim do ano sejam lançadas.