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A 40ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá
(Expoingá) movimentou a região de 10 a 20 de maio, unindo negócios e entretenimento aos apreciadores
de rodeio e música sertaneja. O evento também serviu para que agricultores, técnicos, estudantes e membros
dos Conselhos de Sanidade Agropecuária da região de Maringá discutissem o manejo integrado de pragas
e o uso de informações sobre o clima na produção agrícola.
Segundo dados da Secretaria
Estadual de Agricultura e do Abastecimento, o Paraná é um dos maiores usuários de defensivos agrícolas
do país. "Hoje existe tecnologia para fazer o controle de pragas de um jeito mais inteligente", afirma o secretário
Norberto Ortigara. Com o manejo integrado de pragas, o produtor pode aplicar veneno somente quando há risco para a
lavoura. "É uma forma de usar os agrotóxicos em favor do bolso do agricultor, do meio ambiente e de uma agricultura
mais saudável", completa.
A preocupação com o uso dos agrotóxicos é antiga. De acordo com Rubens Niederheitmann, diretor-presidente do Instituto Emater, há anos os extensionistas acompanham os agricultores, destacando o uso racional desses insumos. "Às vezes o agricultor aplica um produto mais do que deveria e isso se traduz em prejuízo para ele e para o meio ambiente", afirmou.
Equilíbrio ambiental - O agrônomo Antonio Bodnar, do Instituto Emater de Arapongas, informou que, entre 1996 e 2000, eram feitas 2,1 aplicações de defensivos por safra. Nos anos seguintes, a prática foi deixada de lado e, na última safra, a média saltou para 4,2 aplicações.
Segundo Bodnar, as aplicações desordenadas e sem necessidade de agrotóxico aumentaram o desequilíbrio ambiental, acabando com inimigos naturais das pragas, que, dessa maneira, ficam livres para se proliferar. "Se o agricultor continuar a aplicar fungicidas antes da floração da soja, está matando os fungos que podem fazer o controle do percevejo ou da lagarta", ressaltou Bodnar.
O debate "Paraná com menos agrotóxico" foi promovido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Instituto
Emater, Sociedade Rural de Maringá e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Segundo estimativa
da Sociedade Rural de Maringá (SRM), organizadora do evento, a edição de 40 anos da Expoingá
atraiu cerca de 500 mil visitantes e promoveu negócios envolvendo R$ 250 milhões, um aumento de 20% nos resultados
em relação à edição anterior.