Cultivo de mandioca está perdendo espaço para cana-de-açúcar

Novo presidente do SIMP, Hélio Minoru Oyama, afirma que uma das prioridades da nova gestão é atuar na recuperação da área para a lavoura

clique para ampliar Hélio Minoru Oyama sucede gestão de Pasquini: novo presidente defende maior produtividade (Foto: SIMP)

O SIMP acaba de eleger a nova diretoria e entre as prioridades da nova gestão está a recuperação de área para a lavoura, hoje sofrendo com a forte concorrência do setor canavieiro. A iniciativa partiu do presidente a ser empossado, Hélio Minoru Oyama, que substituirá João Eduardo Pasquini.

Segundo ele, o momento é favorável ao plantio da cana-de-açúcar. Por isso, os produtores de mandioca estão encontrando dificuldades na hora de arrendar terras. Estima-se que cerca de 80% dos cultivos sejam em terras arrendadas. Além disso, o futuro presidente encara essa "concorrência" como positiva, tornando-se um estímulo para a modernização da atividade. "A solução é investir em pesquisa, buscando aumentar a produtividade", diz.

Os problemas da falta de terras, no entanto, poderão ser sentidos a médio e longo prazos. "Por enquanto, não há capacidade ociosa da indústria, a não ser devido ao período de entressafra. A falta de matéria-prima pode vir a afetar a criação de novos produtos", preocupa-se.

No momento, a mandioca está em condições de competir no mercado com os produtos à base de milho, visto que o grão encontra-se com preço elevado. Embora colhida o ano inteiro, sua safra é entre os meses de abril e agosto, período em que apresenta maior teor de amido. A remuneração do produto se dá pelo amido e não apenas o peso. A tonelada da mandioca está hoje na faixa de R$ 220.

Nova diretoria - Hélio Minoru encabeçou a chapa única denominada "A União da Indústria Rumo ao Futuro", eleita para o período 2012/2014. Ela obteve 29 votos das 46 empresas associadas ao SIMP.

A nova diretoria é composta, ainda, pelo secretário, Agustinho Previate; pelo tesoureiro, Guido Bankhardt; pelo presidente suplente, João Eduardo Pasquini; pelo secretário suplente, Valdir Meurer; e pelo tesoureiro suplente, Élson Lopes.

O conselho fiscal é composto por Jairo Campos Teixeira, Ivo Pierin Júnior, Manoel Antonio da Silva, Carlos Santos de Oliveira, Roland Schurt e Otávio Viana. Os delegados representantes junto à Fiep são João Eduardo Pasquini, Hélio Minoru, Roland Schurt e Guido Bankhardt.