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Representantes de cooperativas e indústrias participaram em Londrina, no dia 23 de maio, do Fórum Setorial
de Alimentos de Origem Vegetal (com exceção da cadeia do trigo). O encontro contou com a presença do
presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures e deu
sequência ao trabalho iniciado em 2009, quando foram realizados os primeiros fóruns setoriais dos diversos segmentos
industriais do Estado. Na ocasião, a Fiep identificou os problemas que poderiam ser resolvidos por meio de ações
do poder público, da Federação e das próprias empresas e sindicatos.
O setor de alimentos
de origem vegetal, que nesta divisão não inclui os subprodutos do trigo, tem grande importância na economia
paranaense. Só o Paraná produz 71% do amido de mandioca do Brasil. Trata-se de um setor que exportou mais de
R$ 14 bilhões em 2010.
No encontro desta semana, os empresários levantaram como principais entraves para
o desenvolvimento do setor a precariedade da infraestrutura logística no Paraná, a falta de políticas
de incentivo por parte do Governo e também a insuficiência de mão de obra qualificada, tanto na área
técnica quanto de gestão - sendo este último um problema que foi identificado também no fórum
setorial realizado em 2009.
Para enfrentar a questão da falta de mao de obra, o Sistema Fiep empreendeu diversas ações de capacitação,
como uma qualificação em Higiene Aplicada à Manipulação de Alimentos, com duração
de 160 horas; aperfeiçoamento em Boas Práticas de Fabricação para Indústria de Ração
Animal; Curso In Company na área de Manipulação e Legislação da Vigilância Sanitária;
além de Cursos Técnicos de Alimentos e de Biotecnologia.
Também foram realizadas consultorias
técnicas na área de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e na obtenção
da certificação ISO 22000, bem como a disponibilização de um laboratório para análise
de alimentos.
Linhas de crédito - Outra demanda apresentada no Fórum Setorial diz respeito
à disponibilidade de crédito para as empresas do setor. Segundo o gerente comercial da Pinduca, empresa associada
do SIMP, César Paggi, existe necessidade de uma normativa do Governo para que os bancos privados possam operar linhas
mais adequadas de crédito para este segmento industrial. Neste contexto, ele destaca a necessidade de um prazo maior
para pagamento dos empréstimos, que hoje é de 180 dias. Na sua opinião, o ideal seria um prazo de 360
dias, pois assim as empresas poderiam se planejar para comercializar seu estoque no momento mais oportuno e não de
forma apressada para honrar o compromisso bancário.
Para enfrentar o gargalo logístico, Rodrigo Rocha
Loures sugeriu a criação de um comitê para organizar as demandas do setor nesta área e formatar
um discurso técnico, que não possa ser refutado pelos Governo. O mesmo vale para a política tributária,
que hoje é um dos maiores entraves para a competitividade dos empresários paranaenses. "A maneira de preservarmos
nosso espaço empreendedor é a união", destacou Rocha Loures.